Os sindicatos franceses organizaram uma nova jornada de mobilização pela 10ª vez desde o início de 2023. Eles seguem pressionando o presidente da França, Emmanuel Macron, para suspender a polêmica reforma previdenciária.
Por Redação, com ANSA e Reuters - de Paris
A Torre Eiffel, um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, foi fechada ao público nesta terça-feira em virtude das manifestações contra a reforma da Previdência na França.
O apelo à greve dos dois sindicatos dos trabalhadores da empresa operadora (Sete) fez com que a Dama de Ferro "não tenha mão de obra para abrir".
O acesso ao pátio do local, no entanto, está acessível e protegido por uma parede de vidro.
"Os funcionários seguem o movimento nacional, mas não há nenhum bloqueio de acesso", explicou a Sete, que emprega cerca de 350 pessoas.
O monumento deve reabrir normalmente ao público nesta quarta-feira.
Os sindicatos franceses organizaram uma nova jornada de mobilização pela 10ª vez desde o início de 2023. Eles seguem pressionando o presidente da França, Emmanuel Macron, para suspender a polêmica reforma previdenciária, aprovada sem o aval do Parlamento do país. .
Justiça francesa rejeita extradição de militantes
A Justiça da França rejeitou definitivamente nesta terça-feira um pedido de extradição do governo italiano para deportar um grupo de dez ex-militantes de esquerda por atos ocorridos há mais de 30 anos.
"A Corte de Cassação rejeita os recursos... considerando que as razões adotadas pelos juízes, as quais fazem parte de sua avaliação, são suficientes", disse o mais alto tribunal de apelações da França em um comunicado ao confirmar a decisão.
O partido Liga, do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, descreveu a decisão como "desconcertante".
A Itália há muito busca a extradição dos ex-guerrilheiros, que receberam refúgio na França sob a condição de renunciarem à violência após os chamados "Anos de Chumbo" do terrorismo de esquerda e direita do final dos anos 1960 aos anos 1980.
Em abril de 2021, a França prendeu sete ex-militantes de esquerda italianos depois de abrigá-los por décadas após sua condenação na Itália por acusações de terrorismo.
O grupo afetado pela decisão de terça-feira é composto por essas sete pessoas e mais três, todas com idades entre 62 e 89 anos.
No ano passado, uma decisão de um tribunal inferior de não extraditá-los com base em seus direitos humanos provocou uma desavença entre Roma e Paris, com alguns políticos italianos acusando juízes franceses de tomarem uma decisão "inaceitável".
Giorgia Meloni, líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália, que mais tarde se tornou a primeira-ministra do país, chamou, em meados do ano passado, de "inaceitável e vergonhoso" não deportar os militantes.