A denúncia, apresentada pela mesa diretora da CPMI ao STF, acusa Cid de ter cometido “acintoso abuso do direito ao silêncio e gravíssimo menoscabo com a sobredita decisão judicial”.
Por Redação - de Brasília
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1) apresentou nesta quinta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), denúncias contra o tenente-coronel Mauro Cid por supostamente ter descumprido a ordem da ministra do STF Cármen Lúcia que o obrigava a falar a verdade em perguntas que não o incriminassem.

A denúncia, apresentada pela mesa diretora da CPMI ao STF, acusa Cid de ter cometido “acintoso abuso do direito ao silêncio e gravíssimo menoscabo com a sobredita decisão judicial”. O grupo ainda o acusou de ter cometido o crime de “calar a verdade como testemunha”.
Estratégia
Já no documento encaminhado ao TRF-1, os parlamentares da CPMI destacaram que Cid “não é incriminável em todos os quadrantes do inquérito parlamentar, nem poderia produzir prova contra si ao responder aritmeticamente à pergunta da Deputado Federal Jandira Feghali sobre sua idade”.
Mauro Cid recusou-se, terminantemente, a responder todas as perguntas feitas pelos deputados e senadores, inclusive as mais triviais como quantos filhos tem e se possuía dois celulares. A representação contra Cid foi feita por meio da Advocacia do Senado. A ação cumpre o que havia prometido o presidente da CPMI, Arthur Maia (União Brasil-BA), durante a última sessão do colegiado.
O parlamentar queixou-se da estratégia dos advogados de Cid e disse que a posição adotada prejudicou os trabalhos da comissão; além de violar ordem judicial do STF, o que o obrigaria a apresentar nova denúncia criminal contra o ex-ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).