Telecom Italia deve cortar milhares de empregos em plano de reestruturação
De acordo com um plano estratégico revelado nesta quinta-feira pelo presidente-executivo da empresa, Pietro Labriola, a Telecom Italia disse que planeja cindir sua rede fixa doméstica e a unidade de cabos submarinos Sparkle em uma empresa separada chamada NetCo, que ficaria com cerca de 11 bilhões de euros da dívida do grupo.
De acordo com um plano estratégico revelado nesta quinta-feira pelo presidente-executivo da empresa, Pietro Labriola, a Telecom Italia disse que planeja cindir sua rede fixa doméstica e a unidade de cabos submarinos Sparkle em uma empresa separada chamada NetCo, que ficaria com cerca de 11 bilhões de euros da dívida do grupo.
Por Redação, com Reuters - de Roma
A Telecom Italia pode cortar mais de 9 mil empregos até 2030 e está pronta para cindir sua operação de rede fixa sob um plano que almeja reformular o grupo que no Brasil controla a TIM.
A Telecom Italia pode cortar mais de 9 mil empregos até 2030
A maior empresa de telecomunicações da Itália tem dívida líquida de 23 bilhões de euros (US$ 24 bilhões) e enfrenta queda nas receitas no mercado doméstico.
De acordo com um plano estratégico revelado nesta quinta-feira pelo presidente-executivo da empresa, Pietro Labriola, a Telecom Italia disse que planeja cindir sua rede fixa doméstica e a unidade de cabos submarinos Sparkle em uma empresa separada chamada NetCo, que ficaria com cerca de 11 bilhões de euros da dívida do grupo.
O plano de Labriola, quinto presidente da Telecom Italia em seis anos e ex-presidente executivo da TIM, envolve cortar milhares dos 41 mil funcionários do grupo até 2030. O executivo classificou o projeto como uma das transformações mais significativas de uma empresa de telecomunicações da Europa.
Os cortes de empregos
Labriola disse a analistas que os cortes de empregos serão baseados em um programa de aposentadoria antecipada existente e que as negociações já estão em andamento com sindicatos.
Um ponto central da reestruturação é um possível acordo para combinar a NetCo com a rival Open Fiber, permitindo que o banco estatal CDP assuma o controle da entidade resultante, que visaria melhorar a cobertura e as velocidades de banda larga para os italianos.
Labriola disse que um negócio com a Open Fiber é a opção preferida e pode ser firmado até o final de outubro, mas acrescentou que existe um plano B na forma de venda de participação na NetCo.
A avaliação financeira da NetCo é um ponto de discórdia com o maior acionista da Telecom Italia, a Vivendi, que está pressionando por um preço maior.
Redução de dívida
Para reduzir a dívida líquida geral abaixo de 5 bilhões de euros, contra patamar pró-forma de cerca de 20 bilhões no primeiro trimestre, a Telecom Italia também está contando com transações como a venda de uma participação minoritária na recém-criada unidade de serviços empresariais.
A analista Andrea De Vita disse que os cortes de empregos custarão cerca de 2 bilhões de euros e observou que houve poucas novidades do grupo sobre a potencial transação com a operadora Open Fiber ou venda de outras partes do negócio.
A Telecom Italia disse que suas operações de serviços incluirão a TIM e negócios domésticos, que, por sua vez, serão divididos em duas unidades, cada um com metas financeiras específicas.
Uma delas é o braço de consumo e outra combinará serviços de conectividade para grandes clientes corporativos e de administração pública, bem como negócios de nuvem, segurança cibernética e internet das coisas.