Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Taxa de desemprego recua mas informalidade volta bater recorde

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Terça, 28 de Fevereiro de 2023 às 13:10, por: CdB

O governo Bolsonaro tem as duas maiores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua: 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, período de pandemia e flexibilização crescente das modalidades de contratação. A menor continua sendo a registrada em 2014 (6,9%).


Por Redação - do Rio de Janeiro

A taxa média de desemprego no Brasil recuou para 9,3% em 2022, mas ficou acima do período 2012-2015, que registrou os menores índices. Embora o número de desempregados tenha recuado 27,9% ante 2021, para 10 milhões, o total de pessoas à procura de trabalho cresceu 46,4% desde 2014, quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua tinha o menor contingente de desempregados (6,,8 milhões). Os resultados anuais foram divulgados na manhã desta terça-feira, pelo IBGE.

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O setor de serviços está entre aqueles com maior crescimento no número de empregos informais


Assim, o governo Bolsonaro tem as duas maiores taxas de desemprego da série histórica da Pnad Contínua: 13,8% em 2020 e 13,2% em 2021, período de pandemia e flexibilização crescente das modalidades de contratação. A menor continua sendo a registrada em 2014 (6,9%).

Sem carteira


De acordo com a pesquisa, o total de ocupados chegou a 98 milhões, maior média anual da série, com crescimento de 7,4% sobre 2021. Mas o número de empregados sem carteira no setor privado (12,9 milhões) cresceu mais que o de trabalhadores com carteira (35,9 milhões). Os aumentos foram de 14,9% e 9,2%, respectivamente. O número é recorde para o indicador desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), em 2012.

Já o número médio de trabalhadores por conta própria subiu 2,6% e muda para o patamar de 25,5 milhões. Por sua vez, os empregados no setor doméstico, onde predomina a informalidade, aumentou 12,2%, somando 5,8 milhões.

Com esses resultados, a taxa média de informalidade oscilou de 40,1%, em 2021, para 39,6%. Mas fica acima das taxas registrada em 2016 (38,6%) e mesmo em 2020 (38,3%).

Desalento


Os desalentados foram estimados em 4,3 milhões de pessoas, queda anual de 19,9%. O recorde desse grupo é de 2020 (5,5 milhões), enquanto o menor número foi apurado em 2014 (1,5 milhão).

Estimado em R$ 2.715, o valor médio do rendimento caiu 1% em relação ao ano anterior. Mas, com o crescimento da ocupação, o total da massa de rendimentos chegou a R$ 261,3 bilhões, o maior da série. No período de 2012 a 2022, a massa cresceu 12,6%.

Serviços


Entre os setores de atividade, o que inclui agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura teve queda de 1,6% na ocupação (8,7 milhões de trabalhadores em 2022). Em 10 anos, retração de 15,1%.

No segmento de serviços, as atividades de alojamento e alimentação, bastante afetadas pela pandemia, cresceu 15,8% no ano passado (5,3 milhões de ocupados). Em relação a 2012, alta de 39,5%.

Já o setor que inclui comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas aumentou 9,4%, para 18,9 milhões de empregados. Também ante 2012, expansão de 12,6%.

Recuperação


Por sua vez, a indústria somou 12,6 milhões de empregados, alta de 6,3% no ano passado. “Apesar desse aumento recente, de 2014 para 2022, a indústria geral teve perda de 842 mil trabalhadores”, informa o IBGE.

Na administração pública (incluindo defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais), eram 17,1 milhões de trabalhadores em 2022. Crescimento de 5,8% no ano e de 19,9% sobre 2012.

— O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação — resume a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. Apenas no trimestre encerrado em dezembro, a taxa média de desemprego recuou para 7,9%. São 8,6 milhões de desempregados.

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