“Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo”, escreveu Witzel.
Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
“Respeito a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos…”, escreveu o governador afastado do governo do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, após uma fragorosa derrota. Logo após às 18h30, o Plenário do STJ consolidou a decisão do relator Benedito Gonçalves. O voto divergente coube ao ministro Napoleão Nunes Maia Filho votou contra o entendimento de afastar o governador por 180 dias.
“Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo. Desejo ao governador em exercício, Cláudio Castro, serenidade para conduzir os trabalhos que iniciamos juntos e que possibilitaram devolver ao povo fluminense a segurança nas ruas e, com isso, a esperança em um futuro melhor”, acrescentou Witzel.
Denúncia
Ao todo, nove pessoas foram denunciadas pela Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo a Procuradoria, o governo do Rio criou um esquema de desvios nas contratações emergenciais e liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs).
A suspeita é de que o governador tenha recebido, utilizando o escritório de advocacia de sua mulher pelo menos R$ 554 mil em propina. O MPF apontou uma transferência de R$ 74 mil de Helena Witzel para a conta do governador. A apuração começou com a investigação de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos.