No fim de janeiro, ao anunciar que em 2020 o mercado de trabalho teve mais contratações do que demissões, mesmo com os efeitos da pandemia, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, confirmou que a equipe econômica ainda avaliava a necessidade de prorrogação dos benefícios sociais.
Por Redação - de Brasília
Na nota informativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia publicada nesta quarta-feira, a edição de medidas emergenciais não é solução para uma recuperação sustentada do emprego e da renda. A autarquia defende a aprovação de medidas estruturais, como reformas para a consolidação fiscal e o aumento da produtividade.
No fim do mês passado, ao anunciar que em 2020 o mercado de trabalho teve mais contratações do que demissões, mesmo com os efeitos da pandemia, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, confirmou que a equipe econômica ainda avaliava a necessidade de prorrogação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que preservou mais de 11 milhões de empregos formais no ano passado. O benefício foi um complemento de renda para quem teve o salário reduzido ou o contrato suspenso.
Emprego
Para a SPE, porém, “a geração de emprego e de renda no longo prazo não pode ser sustentada pelas medidas emergenciais, pois depende de fatores estruturais do mercado, como produtividade da mão de obra, ambiente de negócios e segurança jurídica”.
“Essas medidas emergenciais são, como o próprio nome diz, temporárias e servem para um propósito específico de atenuar os efeitos da crise no seu momento mais grave. Os dados estão mostrando que, à medida que a economia está se recuperando, o mercado de trabalho está voltando a ter aumento de emprego e ganha dinamismo para continuar se autoajustando via leis de mercado”, completa a SPE.