A Binance disse que desistiu da compra depois de ter realizado uma análise de risco (processo conhecido como due diligence) sobre a operação e também citou "supostas investigações" da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana) sobre a FTX.
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, NY-EUA
O processo de compra da corretora de criptomoedas FTX, após a grave crise de liquidez anunciada na véspera, pela Binance, maior corretora de moedas eletrônicas do mundo, terminou antes mesmo de começar integralmente. Em reação à continuidade da crise, as cotações das criptos permaneciam em queda livre nesta quinta-feira.
O Bitcoin atingiu, nesta quinta-feira, sua menor cotação em mais de dois anos
A Binance disse que desistiu da compra depois de ter realizado uma análise de risco (processo conhecido como due diligence) sobre a operação e também citou "supostas investigações" da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana) sobre a FTX. O acordo não vinculativo anunciado na terça não envolvia as operações da FTX nos EUA, mas esclarecia que a transação estava sujeita a análises.
Bitcoin
A FTX, que chegou a ser avaliada em US$ 32 bilhões (R$ 165 bilhões) em janeiro, passa por uma severa crise de liquidez, com a fuga de grandes investidores. A solução para honrar com o saque dos clientes foi recorrer à rival Binance, comandada pelo chinês-canadense Changpen Zhao, maior adversário do norte-americano Sam Bankman-Fried, dono da FTX.
Segundo o Wall Street Journal, a FTX tem um déficit de US$ 8 bilhões (R$ 41 bilhões) para cobrir.
Alguns investidores se referem à FTX como a equivalente ao Lehman Brothers do setor cripto (a falência do banco norte-americano desencadeou a crise financeira de 2008). Na noite passada, o bitcoin despencava 15%, para US$ 15,7 mil, cotação mais baixa desde novembro de 2020.
