A Royal Dutch Shell, que tinha 83 mil empregados ao final de 2019, disse que a reorganização levará a economias adicionais de entre US$ 2 e US$ 2,5 bilhões até 2022, indo além de cortes de US$ 3 a US$ 4 bilhões anunciados mais cedo, neste ano. No mês passado a empresa lançou uma ampla revisão de seus negócios para cortar custos e se preparar para a reestruturação das operações.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
A petroleira Shell anunciou, nesta quarta-feira, planos para cortar até 9 mil empregos, ou mais de 10% de sua força de trabalho, como parte de uma grande reestruturação que visa uma transição da gigante de óleo e gás para energias de baixo carbono.
A Royal Dutch Shell, que tinha 83 mil empregados ao final de 2019, disse que a reorganização levará a economias adicionais de entre US$ 2 e US$ 2,5 bilhões até 2022, indo além de cortes de US$ 3 a US$ 4 bilhões anunciados mais cedo, neste ano. No mês passado a empresa lançou uma ampla revisão de seus negócios para cortar custos e se preparar para a reestruturação das operações como parte da transição para energias de baixo carbono.
A companhia anglo-holandesa disse que espera cortar de 7 mil a 9 mil empregos até o final de 2022, incluindo 1,5 mil que aceitaram planos de desligamento voluntário neste ano.
Margens
A rival BP anunciou neste ano planos para cortar cerca de 10 mil empregos como parte de iniciativa do CEO Bernard Looney de expandir rapidamente os negócios de renováveis e reduzir a produção de óleo e gás. A redução de custos é vital para os planos da Shell de mudança para o setor elétrico e renováveis, onde as margens são relativamente menores.
A competição ainda deve ficar mais intensa, com elétricas e petrolíferas incluindo BP e Total disputando participação no mercado de renováveis enquanto economias ao redor do mundo apostam em energia verde.
— Nós olhamos de perto como estávamos organizados e sentimos que, em muitos lugares, tínhamos níveis demais na companhia — concluiu o CEO Ben van Beurden, em publicação interna no site da Shell.