Segundo o IBGE, o recuo no Ceará foi o mais intenso desde abril de 2020, quando o indicador ficou em -35,2%. Na Bahia, foi registrada a terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 22,6%. A queda nesses dois estados teve influência dos setores de couros, artigos para viagens, calçados e bebidas.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Em março, a produção industrial caiu em nove dos 15 locais analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). Os dados foram divulgados nesta terça-feira. Na comparação com fevereiro, os maiores recuos foram registrados no Ceará (-15,5%), no Rio Grande do Sul (-7,3%) e na Bahia (-6,2%). No mesmo período, a produção nacional teve queda de 2,4%.
Segundo o IBGE, o recuo no Ceará foi o mais intenso desde abril de 2020, quando o indicador ficou em -35,2%. Na Bahia, foi registrada a terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 22,6%. A queda nesses dois estados teve influência dos setores de couros, artigos para viagens, calçados e bebidas. Na indústria gaúcha, os setores de veículos e de outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos, causando a segunda queda consecutiva e perda acumulada de 9,2%.
Influência
De acordo com o IBGE, o comportamento da indústria regional reflete o recrudescimento da pandemia da covid-19 no país, que levou os estados a adotarem medidas restritivas para conter o avanço do vírus. Também tiveram quedas maiores do que a média nacional o Rio de Janeiro (-4,7%), a Região Nordeste (-4,2%) e Pernambuco (-2,8%). Completam a lista dos locais com recuo na produção industrial em março o Mato Grosso (-2%), Santa Catarina (-1%) e Paraná (-1%).
O Amazonas teve o maior crescimento no mês (7,8%), após três meses com resultados negativos e perda acumulada de 16,6%. A alta foi puxada pelos outros equipamentos de transportes e pelas indústrias de bebidas. São Paulo apresentou taxa de 0,6%, a segunda maior influência positiva no mês, puxada pelos setores de derivados do petróleo e de veículos. Pará (2,1%), Goiás (1,6%), Espírito Santo (1,5%), Minas Gerais (1,7%) completam os locais que registraram crescimento em março.
Pré-pandemia
Os dados do IBGE apontam que seis localidades pesquisadas conseguiram superar o patamar de produção pré-pandemia de fevereiro do ano passado: Minas Gerais (11,3% acima), Santa Catarina (9,8%), São Paulo (7,1%), Paraná (6,3%), Amazonas (1,4%) e Pernambuco (0,3%).
Na comparação com março de 2020, o crescimento da indústria nacional foi 10,5%. Dos 15 locais pesquisados, dez tiveram resultados positivos no mês: Santa Catarina (36,5%), Amazonas (22,5%), Rio Grande do Sul (21%), São Paulo (16,0%), Minas Gerais (12,5%), Paraná (12,3%), Ceará (9,9%), Pará (8,1%), Pernambuco (7%) e Goiás (0,4%).
Tiveram queda na comparação anual a Bahia (-18,3%), o Rio de Janeiro (-4,8%), a Região Nordeste (-2,7%), o Mato Grosso (-1,7%) e o Espírito Santo (-1,4%).