As viagens aéreas globais caíram 70% no início do segundo trimestre, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) em uma entrevista coletiva online nesta terça-feira, com os voos europeus mostrando declínio de 90%.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
As companhias aéreas globais estimam que 25 milhões de empregos em todo o mundo podem estar em risco devido à desaceleração das viagens em razão da pandemia de coronavírus, com o órgão representativo do setor fazendo um apelo por apoio urgente do governo em meio a alertas de que as empresas estão ficando sem dinheiro.
As viagens aéreas globais caíram 70% no início do segundo trimestre, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) em uma entrevista coletiva online nesta terça-feira, com os voos europeus mostrando declínio de 90%.
Vouchers
Segundo as empresas, será impossível reembolsar os voos cancelados pela crise do novo coronavírus e estão emitindo vouchers que podem ser usados para viagens futuras, em uma estratégia de conservar caixa para sobreviverem, afirmou o chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
— O elemento-chave para nós é evitar a falta de dinheiro, então reembolsar a passagem cancelada é quase insustentável financeiramente — disse o diretor-geral da Iata, Alexandre De Juniac, a jornalistas nesta terça-feira.
Licença
As companhias aéreas foram criticadas por grupos de consumidores por violarem regras sobre o fornecimento de reembolsos dentro dos prazos estabelecidos.
No Brasil, o governo permitiu que as empresas reembolsem as passagens em até 12 meses. Mas há sinais de que os viajantes estão preferindo adiar suas viagens em vez de pedirem o dinheiro de volta. O presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou mais cedo a analistas e jornalistas que a 85% dos clientes da empresa optaram pelo voucher, em vez do reembolso.
Nos cálculos da Iata, cerca de um terço dos funcionários das companhias aéreas globais estão de licença ou foram demitidos.