Os atrasos tiveram início no começo deste ano, após assumir o novo governo. Os empresários receberam de Lorenzoni, ainda em janeiro, a promessa de que a situação seria regularizada em questão de dias, mas os empresários aguardaram até março, sem nenhum resultado.
Por Redação - de Brasília
As construtoras que realizam o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) comunicaram ao ministro-chefe da Casa Civil, Ônix Lorenzoni, que a partir do mês que vem, iniciarão um programa de demissões generalizado, nos canteiros de obras. Os empreendimentos estão paralisados, segundo os empreiteiros, por falta de pagamento.
Os atrasos tiveram início no começo deste ano, após assumir o novo governo. Os empresários receberam de Lorenzoni, ainda em janeiro, a promessa de que a situação seria regularizada em questão de dias, mas os empresários aguardaram até março, sem nenhum resultado.
Sem dinheiro, o conjunto de empresas do MCMV poderão dispensar até 50 mil empregados, nos próximos dias. A dívida do governo já estaria em R$ 450 milhões.
Limites
Porta-voz dos construtores junto ao ministro, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins também comunicou as decisões do setor aos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia. Disse, em poucas linhas, que “não consegue mais segurar o pessoal”.
As obras do MCMV significam, de acordo com os números apresentados, dois terços do mercado imobiliário brasileiro. O setor da construção, que chegou a empregar 3,4 milhões de pessoas, hoje emprega 2 milhões.
Segundo posição conjunta dos dois ministérios, “há esforço para antecipar limites para os próximos meses”.