Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Segundo suspeito de massacre no Canadá morre após ser detido

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Quinta, 08 de Setembro de 2022 às 07:56, por: CdB

Segundo irmão supostamente por trás de ataques a faca que mataram 10 pessoas foi detido no quarto dia de buscas. Ele estava em liberdade condicional, apesar de ter um vasto histórico de violência.

Por Redação, com DW - de Saskatchewan

No quarto dia de buscas, a polícia do Canadá prendeu na quarta-feira o segundo suspeito dos ataques a faca que deixaram 10 mortos e ao menos 18 feridos na província de Saskatchewan, e ele morreu pouco depois de ser capturado.
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A comissária Blackmore afirmou que, com os dois suspeitos mortos, as autoridades terão dificuldades de decifrar os ataques
A Policia Montada Real do Canadá disse que Myles Sanderson, de 32 anos, estava na cidade de Rosthern, na mesma província onde ocorreram os crimes. Relatos na imprensa canadense sugerem que ele teria colidido um automóvel com uma viatura policial e acabou se rendendo. A prisão ocorreu logo após a polícia emitir um alerta de emergência sobre uma pessoa possivelmente armada de uma faca que dirigia uma picape roubada na cidade de Wakaw, próxima a Rosthern. Segundo a polícia, agentes forçaram o veículo de Sanderson a sair da estrada e entrar numa vala. Ele foi então detido, e uma faca foi encontrada dentro do veículo. Uma fonte policial citada pela agência de notícias AP afirmou que Sanderson morreu em decorrência de ferimentos autoinfligidos após a sua prisão. Outras autoridades não deram detalhes sobre a causa da morte, mas expressaram alívio por o último suspeito do massacre não estar mais a solta. – Nesta noite, nossa província dá um suspiro coletivo de alívio – disse a comissária assistente de polícia Rhonda Blackmore em coletiva de imprensa. Na segunda-feira, durante a caçada pelos dois irmãos suspeitos pelo massacre, os policiais haviam encontrado o corpo de Damien Sanderson, de 30 anos, nas proximidades de onde ocorreram os ataques. A polícia investiga se Myles teria matado o irmão. A comissária Blackmore afirmou que, com os dois suspeitos mortos, as autoridades terão dificuldades de decifrar os ataques. "Agora que Myles está morto, pode ser que nunca entendamos a motivação", declarou.

Liberdade condicional

O episódio gerou questionamentos sobre o fato de Myles, que possui um vasto histórico de violência e já havia sido condenado 59 vezes pela Justiça, ter recebido liberdade condicional em fevereiro, enquanto cumpria uma pena de quatro anos e quatro meses de prisão por acusações que incluem agressão e roubo. Ele foi declarado foragido da Justiça em maio, por ter supostamente violado as regras de sua liberdade condicional. Myles teria sofrido uma série de abusos quando criança, e teria começado a consumir álcool aos 12 anos e, pouco tempo depois, cocaína. Muitos de seus crimes teriam sido cometidos em estado de intoxicação. Líderes da comunidade indígena James Smith Cree Nation, onde ocorreu a maioria dos crimes, atribuíram o incidente ao problema do abuso de álcool e drogas na região, que disseram ser um legado deixado pelos colonizadores dos povos indígenas. O ministro canadense da Segurança Publica, Marco Mendicino, disse que o comitê que concedeu a liberdade condicional ao suspeito será alvo de uma investigação. O massacre está entre os piores da história do Canadá. No topo da lista figura um atentado ocorrido em 2020, no qual um homem disfarçado de policial atirou em pessoas em suas casas e provocou incêndios na província de Nova Escócia. Na ocasião, 22 pessoas morreram. Em 2019, um homem usou uma van para matar 10 pedestres em Toronto.
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