Segundo a Polícia Civil, homem emprestava conta bancária para receber dinheiro de empréstimos consignados feitos sem autorização das vítima.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Marcus Vinicius Oliveira de Abreu, suspeito de integrar uma organização criminosa especializada em golpes contra idosos, foi preso na terça-feira em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, ele tinha papel estratégico no esquema, atuando na movimentação do dinheiro.

De acordo com as investigações, a quadrilha mantinha uma estrutura organizada para enganar aposentados e pensionistas.
Como o golpe funcionava
O primeiro contato era feito por telefone, quando os criminosos se passavam por representantes de escritórios ou intermediários de supostos benefícios financeiros.
Durante as ligações, os golpistas prometiam pagamentos inexistentes, como um falso 14º salário, liberação de FGTS ou vantagens previdenciárias que nunca existiram. Após conquistar a confiança das vítimas, elas eram orientadas a comparecer a endereços usados como escritórios de fachada.
Nos locais, os criminosos fotografavam os idosos e copiavam documentos pessoais sob o pretexto de ‘liberar’ os valores prometidos. Na prática, essas informações eram usadas para contratar empréstimos consignados em nome das vítimas, sem consentimento.
Após a liberação do crédito, os idosos eram levados até agências bancárias, onde acabavam digitando senhas ou utilizando a biometria, acreditando que estavam apenas concluindo o recebimento do benefício. Com isso, o dinheiro era rapidamente transferido ou sacado pelos golpistas.
As vítimas só percebiam o golpe quando os descontos começavam a aparecer nos contracheques.
Dinheiro ia para a conta de preso
Segundo a Polícia Civil, Marcus Vinicius cedia sua conta bancária para receber os valores desviados. Ele ficava com uma parte do dinheiro e repassava o restante para outros integrantes do grupo, ajudando a ocultar o caminho dos recursos e dificultar a identificação dos demais envolvidos.
A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) destacou que pessoas que emprestam contas bancárias para esquemas ilegais também respondem criminalmente, mesmo sem participar diretamente da abordagem às vítimas.