Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Rússia utiliza bomba termobárica para conter avanço da Ucrânia, em Kursk

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Domingo, 11 de Agosto de 2024 às 14:40, por: CdB

As bombas termobáricas são capazes de vaporizar corpos humanos situados perto do impacto inicial e estourar os pulmões de pessoas atingidas pela onda de choque gerada pela explosão.

Por Redação, com Sputnik – de Moscou

A Rússia disse ter utilizado uma bomba termobárica para tentar frear a inédita incursão ucraniana na região de Kursk, na fronteira entre os dois países, que já dura cinco dias.

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A bomba termobárica é um artefato de alta dissolução no terreno

As bombas termobáricas são capazes de vaporizar corpos humanos situados perto do impacto inicial e estourar os pulmões de pessoas atingidas pela onda de choque gerada pela explosão.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o armamento de meia tonelada foi utilizado contra um local de deslocamento de “mercenários estrangeiros” na periferia sul de Sudzha, na região de Kursk, lançado por um caça supersônico Su-34.

 

‘Antiterror’

O uso de armas termobáricas é amplamente condenado por organizações internacionais de direitos humanos, e ainda não se sabe o número de baixas ucranianas provocadas pelo ataque russo. O Ministério da Defesa também reivindicou o abatimento de 32 drones da Ucrânia na região de fronteira, sendo 26 em Kursk e seis em Yaroslavl.

O governo russo ainda instituiu um regime “antiterrorismo” em três províncias fronteiriças (Kursk, Belgorod e Briansk), em resposta a “uma tentativa sem precedentes do regime de Kiev de desestabilizar a situação” nessas zonas.

Os combates em Kursk, onde 76 mil pessoas foram evacuadas, já duram cinco dias e representam um desdobramento inédito da guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022. Até a semana passada, a Ucrânia havia feito apenas ataques mirados e aéreos em território russo, evitando incursões terrestres. No entanto, fortalecida pelo envio de armamentos e pelos lucros de ativos russos congelados pelo Ocidente, Kiev decidiu “levar a guerra” para o país vizinho.

 

Incursão

Neste domingo, as forças de Moscou entraram em seu sexto dia de intensas batalhas contra a maior incursão de Kiev em território russo desde o início da guerra, em 2022, que deixou partes do sudoeste da Rússia vulneráveis antes da chegada de reforços.

Milhares de tropas ucranianas participam da incursão na região de Kursk desde terça-feira, com o objetivo de desestabilizar a Rússia, mostrando as fraquezas do país, conforme admitiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta manhã, em vídeo divulgado pelas redes sociais. Zelensky quebrou o silêncio sobre o assunto ao dizer ter levado “a guerra para o território do agressor”, e que discutiu a operação com o principal comandante ucraniano, Oleksandr Syrskyi.

– Hoje, recebi vários relatórios do comandante-chefe Syrskyi sobre as linhas de frente e nossas ações para empurrar a guerra para o território do agressor”, disse Zelenski. “A Ucrânia está provando que pode, de fato, restaurar a justiça e garantir a pressão necessária sobre o agressor – disse.

Alexei Smirnov, governador interino de Kursk, ordenou que as autoridades locais acelerem a evacuação de civis em áreas de risco. No sábado, a agência russa de notícias Tass informou que mais de 76 mil pessoas já haviam sido evacuadas.

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