A Prefeitura investiu, na atual administração, R$ 1,296 bilhão em ações de prevenção de riscos e de combate às enchentes na cidade, o que representa um percentual médio de 7,9% da receita disponível, descontados os gastos obrigatórios.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, inaugurou nesta quinta-feira, dia 25/4, a obra de desvio de parte do curso do Rio Joana, importante etapa do programa de controle de enchentes da Grande Tijuca, que já conta com os reservatórios (piscinões) nas praças da Bandeira, Varnhagen e Niterói. Iniciada em 2012 e com uma extensão de 3.412 metros, sendo 2,4 mil metros de túnel (o maior túnel de drenagem urbana do Brasil) e 1.012 metros de galeria, a obra permite que parte das águas do Joana seja despejada diretamente na Baía de Guanabara, evitando tanto a sobrecarga na Bacia do Canal do Mangue quanto as enchentes na região da Praça da Bandeira. A Prefeitura investiu, na atual administração, R$ 1,296 bilhão em ações de prevenção de riscos e de combate às enchentes na cidade, o que representa um percentual médio de 7,9% da receita disponível, descontados os gastos obrigatórios. – Esse túnel que vai levar as águas do Rio Joana para a Baía de Guanabara passa aqui debaixo do Maracanã, do Morro da Mangueira, da Avenida Brasil e do Metrô. Uma obra de engenharia extraordinária. Esse túnel deveria se chamar Fake News, porque diziam que no nosso governo não tínhamos aplicado recursos nos programas de combate às enchentes e de prevenção. Aqui tem meio bilhão de reais! Como é que, então, você não investiu em prevenção e combate às enchentes? – indagou o prefeito. Em seguida, Crivella completou: – Essa obra é muito importante para quem mora no Andaraí, no Méier, na Tijuca e no Grajaú. Os bairros próximos à Floresta da Tijuca sempre sofriam muito com as enchentes. Impermeabilizaram muitas áreas com ruas, calçadas e prédios. A água não tinha como penetrar no subsolo e acabava correndo na superfície, causando grandes problemas. Agora, com os reservatórios que foram feitos e com o túnel do Rio Joana, estamos dando uma solução extraordinária para essa área. Na altura do Estádio do Maracanã, a Prefeitura construiu um limitador de vazão, que permite a passagem de até 7 metros cúbicos de água por segundo no curso normal do Rio Joana. Em dias de chuva forte, o volume de água que exceder ao limite previsto seguirá pelo desvio – o túnel tem capacidade de escoar até 100 metros cúbicos por segundo – até desembocar diretamente na Baía de Guanabara. Nesta gestão, ao longo dos últimos anos, foi executada a fase mais crítica de escavação do túnel do Rio Joana, que bateu o marco de vazar um dos túneis sob a linha férrea do metrô, no trecho próximo ao Maracanã. Essa etapa da obra foi considerada a mais difícil, com frentes sob a linha férrea e no deságue na Baía de Guanabara, com o acréscimo do desafio de trabalhar com a influência das marés. Foram executados 80 metros de túnel sob a Mangueira e o deságue do desvio na Baía de Guanabara, na Zona Portuária. Assim, parte das águas do rio, que seguia para o Canal do Mangue, irá diretamente para a Baía, contribuindo para evitar o transbordamento de rios como Maracanã, Trapicheiros, Comprido e do próprio Joana, que atravessam a região da Grande Tijuca.