Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Rio começa a implantar busca de criminosos por reconhecimento facial

Arquivado em:
Quarta, 19 de Dezembro de 2018 às 09:08, por: CdB

Com isso, um alarme é disparado silenciosamente para as autoridades mais próximas do local, que passam a monitorar o criminoso até a possibilidade de sua prisão da forma mais segura possível, talvez mesmo sem disparar um tiro.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

A busca de criminosos por meio de câmeras com programa de reconhecimento facial, que já é realidade em vários países, começa a ser implantada no Rio de Janeiro. Um convênio anunciado na terça-feira, entre o serviço Disque Denúncia e a empresa britânica Staff of Technology Solutions, permitirá que cerca de 1,1 mil dos criminosos mais perigosos do estado sejam automaticamente reconhecidos quando passarem por uma das câmeras que compõem o sistema denominado Facewatch.
rio-1.jpg
A busca de criminosos por meio de câmeras com programa de reconhecimento facial, que já é realidade em vários países, começa a ser implantada no Rio
Com isso, um alarme é disparado silenciosamente para as autoridades mais próximas do local, que passam a monitorar o criminoso até a possibilidade de sua prisão da forma mais segura possível, talvez mesmo sem disparar um tiro. – A nós do Disque Denúncia cabe fornecer o banco de dados, com as imagens de procurados, bandidos perigosos, principais alvos do Rio de Janeiro. Estas informações serão utilizadas nas câmeras, para fazer o reconhecimento facial. Se um desses procurados entrar em algum lugar que esteja monitorado, ele poderá ser identificado – explicou o coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges.

Uso no Reino Unido

O chefe de operações da subsidiária da empresa britânica no Rio, Matheus Torres, explicou que a tecnologia do reconhecimento facial se destina à segurança pública e privada. Segundo ele, o Facewatch é utilizado há sete anos no Reino Unido, sendo homologado pelas principais entidades de segurança britânicas em mais de 30 mil câmeras espalhadas pelo país. – O sistema é utilizado como ferramenta de segurança pública. A polícia do Reino Unido usa em câmeras de rua e câmeras privadas. No Brasil, estamos trabalhando há um ano e meio. A dificuldade aqui é que as câmeras são de CFTV (monitoramento em circuíto fechado), colocadas muito altas e distantes – disse Torres. Segundo Torres, existem câmeras de reconhecimento facial em três shoppings da capital, além de edifícios comerciais. Recentemente, um traficantes procurado pelo Disque Denúncia foi reconhecido e preso em um shopping por meio do sistema, que alertou forças de segurança, que o detiveram, sem oferecer resistência. O anúncio da parceria com o Disque Denúncia ocorreu na residência oficial do cônsul-geral britânico no Rio, Simon Wood, reunindo especialistas no assunto. Segundo o diplomata é necessário haver um arcabouço de leis que protejam os dados capturados pelas câmeras, para garantir o direito de cada cidadão à individualidade. – Nós temos muitos anos de experiência com câmeras de vigilância em Londres. Para nós, a liberdade é muito importante. Existe um sistema de leis forte, para garantir o anonimato de pessoas que não tem relação com crimes. Temos que equilibrar a tecnologia com a lei, para não causar prejuízos aos dados pessoais – disse o cônsul britânico. Além do Reino Unido, o sistema de reconhecimento público facial é utilizado pelo governo da China e recentemente despertou interesse do governador eleito do Rio, Wilson Witzel, que afirmou querer implantar algo semelhante, em grande escala, no Estado.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo