Rio de Janeiro, 08 de Fevereiro de 2025

Rio: festival de breaking reúne atletas brasileiros e internacionais

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Quinta, 16 de Janeiro de 2025 às 11:07, por: CdB

O encontro vai reunir 32 atletas chamados b-boys e b-girls ou breakers, sendo 16 de cada gênero. O destaque entre os b-boys é o francês Dany Dann, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

O Breaking do Verão, o maior festival desse estilo de dança e modalidade esportiva olímpica, a partir da Olimpíada de Paris 2024, começou nesta quinta-feira, na Fundição Progresso, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, e segue até sábado. A entrada é gratuita e depende da lotação do espaço. 

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Evento será na Fundição Progresso, com entrada gratuita

O encontro vai reunir 32 atletas chamados b-boys e b-girls ou breakers, sendo 16 de cada gênero. O destaque entre os b-boys é o francês Dany Dann, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O paraense Leony, integrante da seleção brasileira e campeão da primeira edição do Breaking do Verão, também se destaca neste festival.

Entre as b-girls, chamam atenção nomes internacionais como a russa Kastet, bicampeã do Breaking do Verão, e India, holandesa que ficou em quarto lugar em Paris 2024. A atual campeã brasileira de breaking, a paraense Mini Japa, se destaca entre as brasileiras, além da paulista Toquinha, que também faz parte da seleção brasileira e é vice-campeã brasileira de breaking.

O idealizador do Breaking do Verão, Fernando Bó, avalia que a estreia na Olimpíada foi importante, mas a prevalência da cultura é relevante. “Tem toda uma cena por trás que fala de verdade, fortalecimento e empoderamento. É muito bacana a Olimpíada ter dado visibilidade para o breaking, mas é também muito bacana, que acabada a Olimpíada, a gente está dando continuidade”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Fernando Bó celebrou o desenvolvimento do breaking no Brasil, que começou entre jovens de periferia e hoje se espalhou pelo país. Um exemplo é que esta edição o festival levou o projeto para as cinco regiões do Brasil, realizando eliminatórias em Fortaleza, Porto Alegre, Manaus e Brasília. Os vencedores nessa etapa participam, agora, da final no Rio de Janeiro.

– A gente sabe que não está fácil viajar, passagem cara essa época do ano, verão no Rio de Janeiro, fica tudo mais caro, mas o nosso objetivo foi dar oportunidade para aqueles que não conseguem vir até o Rio de Janeiro, e a gente vai até eles. Na minha opinião é o que mais importa. Conseguir democratizar o Breaking do Verão – disse.

– A gente nota que está havendo uma renovação de b-boys e b-girls. Teve uma geração das Olimpíadas e este ano a gente está trazendo novas dançarinas e dançarinos que nunca tiveram oportunidade de participar e serem convidados. Mostraram resultado em todo o ano não só no Brasil, mas no mundo. A gente conseguiu juntar os principais do país e do mundo. Com certeza está tendo uma renovação de geração – observou.

Breaker

Quando conheceu o Breaking, há quase 30 anos, o b-boy Pelezinho, 42 anos de idade, encontrou um ambiente bem diferente do que existe atualmente. Também idealizador do festival, fica feliz de saber que a sua criação chegou à quarta edição e foi para o mundo.

– É a primeira vez que a gente tem o campeonato internacional no Brasil, com a vinda de competidores internacionais. Até então, a gente nunca teve um campeonato oficial internacional no Brasil. A gente está com esse evento na quarta edição e está crescendo cada vez mais – comemorou o breaker, em entrevista à Agência Brasil.

Para o b-boy, que nasceu em São José dos Campos, interior de São Paulo, a prática do breaking mudou a sua vida. Pelezinho ficou impressionado ao ver uma apresentação e ter uma experiência nova e passou a querer saber do que se tratava. 

– Isso foi amor à primeira vista 100%. O breaking fez eu viajar pelo mundo, ser conhecido internacionalmente e aqui no Brasil. Ter uma história de quase 30 anos e tudo dentro do breaking. Eu nunca saí. Minha vida mudou através disso – revelou, acrescentando que durante esse tempo participou de shows com o cantor e compositor Marcelo D2 e o grupo Charlie Brown Jr.

Considerado mundialmente como um dos melhores dançarinos, Pelezinho, que precisou superar muitas barreiras até alcançar a posição que tem hoje na cena do breaking, acredita que os iniciantes de agora conseguem ter um caminho menos espinhoso.

– A nova geração, hoje em dia, está tendo tudo, desde formação, grandes eventos, patrocínio, pessoas que estão a fim de dar um suporte, marcas que a gente imaginou que nunca iam nos olhar, estão com a gente devido ao momento atual do breaking e as coisas acontecendo no Brasil. Está melhorando a cada ano. Tendo um evento desse no Brasil, em que a gente consegue trazer diversos competidores, é muito importante na nossa cena, principalmente para quem está competindo – disse.

Social

Neste primeiro dia do festival, uma ação social vai aproximar os atletas do público. No Petrobras Breaking Day, uma parceria com a estatal petrolífera, participantes dos projetos sociais Vidançar, Unicirco e Educar pelo Esporte, patrocinados pela empresa, participarão de um workshop de breaking ao som do Grupo de Câmara da Petrobras Sinfônica com o DJ Bruno-X, uma das referências do hip-hop. No encontro, crianças e adolescentes terão oportunidade de aprender alguns movimentos iniciais do breaking, conversar e tirar fotos com atletas.

O evento é realizado pelo Grupo Fábrica, com participação da Petrobras e apoio do governo do estado do Rio de Janeiro, com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Petrobras. 

O festival tem patrocínio de Cheetos® e Sprite, além da parceria da Baw Clothing. O festival tem apoio de mídia do Grupo Globo e transmissão ao vivo pelo canal a cabo Sportv.

Programação

16/1 (quinta-feira)

14h – Petrobras Breaking Day

17/1 (sexta-feira)

14h – Cheetos® apresenta BDV Cypher Rio

18/1 (sábado)

10h – Sprite apresenta Breaking & Passinho

16h – Breaking do Verão – Finais

Edições digital e impressa
 
 

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