Os imigrantes da América Latina e do Caribe terão enviado a seus países este ano a cifra recorde de US$ 55 bilhões, segundo os últimos prognósticos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O montante marcaria um aumento de 20% frente ao ano passado. A maior parte do dinheiro é obtido nos Estados Unidos, Europa e Japão, mas também vem de países da região como Argentina, Brasil e Costa Rica. O fluxo total é superior ao investimento estrangeiro direto e à ajuda governamental juntos.
- É gente em sua maioria pobre enviando 100, 200 ou 300 dólares por vez para casa, para gente ainda mais pobre - afirmou Donald Terry, gerente do escritório do Fundo Multilateral de Investimentos do BID, em Buenos Aires. Os latino-americanos nos EUA enviam em uma semana o mesmo montante de dinheiro à região que o governo norte-americano envia como ajuda em um ano, disse Sergio Bendixen, presidente da empresa Bendixen & Associates.
Dois terços dos 25 milhões de latino-americanos que vivem fora de seus países de origem enviam dinheiro para casa. Em termos globais, uma em cada 10 pessoas envia ou recebe remessas. O aumento anual de volume frente a 2004 é, em parte, resultado de melhores procedimentos de registro, mas outro fator importante é a baixa no custo das transferências de dinheiro.
- Os custos das transações para enviar remessas foram cortados pela metade durante os últimos cinco anos, mas em cerca de 7 por cento ainda permanecem muito altos - apontou o BID num comunicado.