Sete ONGs colombianas, com apoio de Oxfam (Reino Unido) e Diakonia (Suécia), publicaram um relatório que aponta a existência de padrões de sistematicidade no assassinato de defensores dos direitos humanos, líderes sociais e ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Por Redação, com Sputnik - de Bogotá
Sete ONGs colombianas, com apoio de Oxfam (Reino Unido) e Diakonia (Suécia), publicaram um relatório que aponta a existência de padrões de sistematicidade no assassinato de defensores dos direitos humanos, líderes sociais e ex-combatentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
No período entre 1º de novembro de 2016 e 30 de junho de 2020, 255 pessoas foram vítimas de assassinatos nas regiões "convulsivas" do norte do Cauca (sudoeste), de Urabá em Antioquia e baixo Atrato em Chocó (ocidente), de sul de Córdoba e do nordeste e baixo Cauca em Antioquia, segundo o documento emitido.
Embora o foco da análise fossem as regiões mencionadas, a situação é um reflexo do que acontece no território nacional, onde no mesmo período o número de mortos foi de 944 pessoas.
O relatório detalha que "os setores de liderança e defesa dos direitos humanos mais vitimados são os pertencentes aos setores comunal, indígena, político, campesino e sindical".
O estudo concentrou a análise destas zonas em quatro aspectos. Um deles é o aumento da violência contra estas pessoas após a assinatura do Acordo da Paz em 2016, entre o governo e as FARC.
Além disso, o fato de que são áreas prioritárias para programas de desenvolvimento, de substituição voluntária de culturas e de proteção coletiva de comunidades e organizações.
Também são territórios estratégicos para diferentes atores armados, econômicos, políticos e militares, que disputam o controle social e territorial.
O último fato é que são zonas com conflitos ambientais relacionados com a propriedade da terra, a permanência no território e o uso do solo.