O Itamaraty vem negociado com os dois países a repatriação das famílias há semanas, sem sucesso, e lembra que correm risco de morrer sob o bombardeio pesado que o Estado judeu vem promovendo contra a Faixa de Gaza.
Por Redação - de Brasília
O governo brasileiro fez chegar aos bastidores da diplomacia de Tel Aviv, por meio de interlocutores, que poderá tomar medidas caso os brasileiros retidos em Gaza não sejam liberados, imediatamente. A demora dos governos do Egito e de Israel para a liberação dos brasileiros situados em Gaza equivale a um sequestro, “tomados como reféns”, disse um diplomata à reportagem do Correio do Brasil, em condição de anonimato.
O Itamaraty vem negociado com os dois países a repatriação das famílias há semanas, sem sucesso, e lembra que correm risco de morrer sob o bombardeio pesado que o Estado judeu vem promovendo contra a Faixa de Gaza.
Diante da má vontade de Tel Aviv, o Brasil sobe o tom e avisa que a relação com Israel ficará 'insustentável'".
— A diplomacia brasileira já deixou claro que discorda do modo como Israel tem conduzido a resposta ao atentado do grupo extremista Hamas, no passo inicial da guerra em curso, mas de forma alguma isso pode servir de pretexto para não liberar as famílias brasileiras detidas na fronteira com o Egito — acrescentou a fonte.
Paralisia
O Egito, que controla a passagem de Rafah, saída do território palestino, divulgou nesta terça-feira a quinta lista de estrangeiros autorizados a saírem de Gaza. No entanto, nenhum brasileiro foi liberado.
Publicamente, nesta manhã, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, classificou como "lamentável" a "paralisia" da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à não aprovação de uma resolução sobre a atual guerra do Oriente Médio envolvendo Israel e a Palestina. Vieira também criticou a inoperância do Conselho de Segurança da ONU.