Alguns atletas que fugiram de seus países de origem foram escolhidos para fazer parte do time olímpico de refugiados e, agora, vão competir em 12 modalidades nos Jogos de Tóquio. Saeid Fazloula, que fugiu do Irã e foi para a Alemanha em 2015, está entre os selecionados.
Por Redação, com DW e ABr - de Tóquio/Roma
Alguns atletas que fugiram de seus países de origem foram escolhidos para fazer parte do time olímpico de refugiados e, agora, vão competir em 12 modalidades nos Jogos de Tóquio. Saeid Fazloula, que fugiu do Irã e foi para a Alemanha em 2015, está entre os selecionados. Ele dedicou os últimos 17 anos de sua vida ao esporte profissional e, na Alemanha, a canoagem continuou sendo sua paixão. – Treinamos de segunda a sábado, de três a quatro vezes por dia, cada sessão dura de uma hora a uma hora e meia. E nas quartas-feiras temos meio dia de folga. Temos sempre treinos de musculação, corrida e remo – afirma Saeid Fazloula. Saeid fez um novo amigo na Alemanha, o ex-campeão olímpico de canoagem Detlef Hofmann, que está sempre por perto quando Saeid precisa de motivação. – Há um mês e meio, eu estava deprimido e tenso. E fui até Detlef e falei: 'Eu quero desistir do Campeonato Mundial. Não aguento mais.' Detlef me disse: oitavo ou nono lugar seria ótimo. Mas não desista.' Emoção e motivação estavam lá, e eu disse: 'Ok, esta é minha primeira e última chance. Eu vou usá-la e mostrar quem sou.' Mais do que isso não posso fazer. E funcionou – frisou Saeid. Ele ficou em oitavo lugar no Campeonato Mundial em 2018 e, agora, está determinado a dar seu melhor também em Tóquio.