O apoio foi anunciado após reunião da bancada nesta manhã. Pacheco assumiu a Presidência do Senado e do Congresso em fevereiro de 2021, ao substituir Davi Alcolumbre (União-AP). O apoio da sigla à reeleição de Pacheco já havia sido comentado por parlamentares e integrantes do governo.
Por Redação - de Brasília
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado oficializou, nesta quinta-feira, o apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à Presidência da Casa, o que consolida a liderança do senador mineiro que, no entanto, disputará o cargo com o colega Rogério Marinho (PL-RN), eleito no mesmo partido do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro.
O apoio foi anunciado após reunião da bancada nesta manhã. Pacheco assumiu a Presidência do Senado e do Congresso em fevereiro de 2021, ao substituir Davi Alcolumbre (União-AP). O apoio da sigla à reeleição de Pacheco já havia sido comentado por parlamentares e integrantes do governo. Após eleger quatro senadores nas eleições de 2022, a bancada do PT no Senado terá 8 membros a partir de 2023. O líder da bancada petista será Fabiano Contarato (PT-ES).
Além do PT, o PDT também declarou apoio oficialmente à recondução do senador à Presidência da Casa.
Respeito
A decisão foi oficializada na véspera, com os apoios dos senadores Weverton Rocha (MA) e Leila Barros (DF). O presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, também participou do anúncio. O encontro, que também teve a participação de Pacheco, aconteceu na sede nacional do PDT, em Brasília.
Segundo Lupi, o apoio à recondução de Pacheco à Casa já estava cravado desde o primeiro turno das eleições gerais.
— Hoje estamos externando nosso respeito, admiração e gratidão pelo seu trabalho frente do Senado — afirmou.
Esta foi a primeira declaração pública de uma partido a favor de Pacheco. Além do PDT, outras cinco legendas também devem apoiar a recondução do mineiro. As eleições para o Congresso estão marcadas para 1° de fevereiro.
Bancada
— O apoio do PDT é um apoio que, de certo modo, referenda o passado e é um compromisso de futuro. Juntos vamos seguir respeitando as minorias, sem gerar crise, para um ambiente de boa política — afirmou Pacheco.
O atual presidente do Senado ainda costura acordos com partidos do centro e da centro-esquerda, enquanto enfrenta a resistência entre os aliados do ex-presidente, que inclusive lançaram uma candidatura própria para concorrer com o mineiro, no nome de Rogério Marinho.
A definição pelos novos presidentes acontece logo após a posse dos eleitos em 2022, no dia 1º de fevereiro. A ala bolsonarista ganhará um reforço de peso no Congresso com a posse dos parlamentares. Isso porque o partido do ex-presidente terá a maior bancada, com 14 senadores.
Concorrentes
Além de concorrer com Marinho, do PL, há também outro concorrente para o Rodrigo Pacheco: Eduardo Girão, do Podemos.
Marinho é da mesma sigla do ex-presidente Bolsonaro, que optou por não declarar apoio a Pacheco e seguir com uma candidatura própria. Um fator que pode vir a favorecer seu nome é sua legenda.
O desafeto do partido de Valdemar Costa Neto com Pacheco se deu pelo fato dele nunca ter sido “próximo” dos bolsonaristas. A figura de Rodrigo é vista como “desfavorável” para os aliados da ultradireita. A prerrogativa da candidatura de Marinho é sustentada pela expectativa de que ele irá “devolver o equilíbrio e a harmonia entre os poderes”.