No Rio de Janeiro, o PSOL tenta estabelecer um acordo para a eleição regional com o PSB, que tende a apontar o deputado socialista Marcelo Freixo. Já em São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos desistiu da candidatura ao governo do Estado para apoiar o candidato petista, Fernando Haddad.
Por Redação - de São Paulo
O PSOL e a Rede Sustentabilidade, que formarão uma federação partidária, chegaram a um acordo nesta quarta-feira, ainda que informalmente, que permitirá aos filiados dos dois partidos apoiarem candidatos diferentes na disputa presidencial. Alguns líderes da Rede devem apoiar a candidatura de Ciro Gomes (PDT). O PSOL não fechou questão, mas espera-se que a maior parte dos integrantes da legenda apoiem Lula (PT), como o fez Guilherme Boulos.
Boulos trabalha pela formação imediata de uma frente contra o fascismo, no Brasil e na América Latina
— No estatuto, pactuamos o direito à divergência pública, sem caracterizar infidelidade partidária. Temos nosso querido Randolfe (Rodrigues, senador pelo Amapá) e vários outros apoiando Lula, eu e outros apoiando Ciro. Outros ainda podem apoiar candidaturas distintas, desde que pautadas no conteúdo programático da Plataforma 18 — disse ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo a ex-senadora Heloísa Helena, porta-voz da Rede. A ex-ministra Marina Silva também já sinalizou apoio a Ciro.
Já o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, ponderou que a federação terá posição única na eleição.
— A federação terá uma posição na eleição. Os casos que contrariarem essa posição serão tratados por cada um dos partidos — disse o dirigente.
Unidade
No Rio de Janeiro, o PSOL tenta estabelecer um acordo para a eleição regional com o PSB, que tende a apontar o deputado socialista Marcelo Freixo. Já em São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos desistiu da candidatura ao governo do Estado para apoiar o candidato petista, Fernando Haddad.
Nas eleições de 2020 à Prefeitura de São Paulo, Boulos ficou em segundo lugar, com 2,1 milhões de votos (41% dos votos válidos) no segundo turno, contra o candidato do PSDB, Bruno Covas. O líder do MTST também foi candidato à Presidência da República em 2018, quando teve 617 mil votos (menos de 1% dos votos válidos).
Em nota, Boulos afirmou que pretende construir uma “unidade” com outros partidos e políticos de esquerda do Estado.
