A programação de janeiro será encerrada no dia 25, com o pianista Cláudio Vettori e o tenor lírico Rodrigo Mathias se apresentando no CCBB. O programa inclui Carlos Gomes e árias das óperas La Bohème e Tosca.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
O Projeto Música no Museu retoma nesta quarta-feira a programação gratuita, iniciada em novembro passado, da série Os Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ). Os concertos terão a soprano Georgia Szpilman e a pianista Maria Luiza Lundberg revisitando a obra de Chiquinha Gonzaga, tendo o clarinetista Moises Santos como convidado especial. A série seguirá até abril, informou o idealizador e diretor do projeto, Sergio da Costa e Silva.
Segundo ele, a série ressalta os gênios da música brasileira, como Villa-Lobos, Francisco Mignone, Ernesto Nazareth, Ary Barroso, Tom Jobim. São 15 autores e músicos brasileiros que a gente está ressaltando e também os estrangeiros, como Beethoven, Bach, Mozart, Brahms. Os grandes nomes da música clássica internacional e nacional”.
No dia 14 deste mês, o projeto inaugura a parceria Música no Museu Especial com a Casa Museu Eva Klabin. Esse novo espaço cultural se une ao projeto, com o diferencial de oferecer também gratuidade, a partir de agora, ao público visitante. “O diferencial é que, anteriormente, a entrada era paga e, agora, será gratuita, como acontece com todos os outros locais”. Será realizado um concerto por mês. Os músicos estão sendo escolhidos, e a programação é definida em conjunto. O primeiro concerto contará com a pianista Clara Sverner, duas vezes indicada ao Grammy Latino. Ela interpretará clássicos de Mozart e Chopin.
A programação de janeiro será encerrada no dia 25, com o pianista Cláudio Vettori e o tenor lírico Rodrigo Mathias se apresentando no CCBB. O programa inclui Carlos Gomes e árias das óperas La Bohème e Tosca.
Carnaval
Em fevereiro, o projeto levará ao público Os Clássicos no Carnaval. “Músicas clássicas de carnaval são cantadas por artistas líricos, como Estrela D’Alva”, explicou Costa e Silva. Mulher à frente do seu tempo, Chiquinha Gonzaga terá a música imortal Ô Abre Alas abrindo a programação carnavalesca. Entre outros destaques, Eliane Salek (piano e voz) tocará os sambas e as marchinhas de carnaval de Waldemar Henrique, no Museu da República, no dia 5, em homenagem ao compositor.
Os locais das apresentações serão os mesmos onde normalmente são feitas as séries do projeto, entre os quais o CCBB, o Museu do Exército, o Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF).
No dia 11, o Música no Museu Especial trará de São Paulo a pianista Eudoxia de Barros para executar, no Casa Museu Eva Klabin, repertório variado com composições de Schubert, Liszt, Lina Pesce, Luiz Levy e outros grandes nomes.
Outro destaque de fevereiro é o programa Do Outro Lado do Carnaval, que reunirá no dia 15, no CCBB, os músicos Adriana Kellner, Cecilia Guimarães, Ezequiel Peres, Fernanda Cruz e Maria Helena de Andrade.
Em março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, no dia 8, o Projeto Música no Museu terá só musicistas do sexo feminino “e, de preferência, com peças de compositoras e músicas com nome de mulheres”, disse o criador do projeto. “É interessante, porque dá dinamismo”, completou. Sergio da Costa e Silva comentou que no mês de março, o total de locais é ampliado, atingindo 12 espaços, com a volta de outros locais, como o Museu da Justiça, o Consulado de Portugal, o Forte de Copacabana, que reabrem naquele mês. “São alguns locais que só vão voltar em março. Então, a gente vai aumentar e chegar a esse número”.
Patrimônio
No ano passado, ao completar 25 anos, o Projeto Música no Museu recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro. “Esse título, na área da música clássica, só a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) e o Música no Museu têm. É uma honraria muito grande para a gente”, afirmou Costa e Silva.
Ele adiantou que, no decorrer deste ano, o projeto vai fazer apresentações nas cidades portuguesas de Lisboa, Coimbra e Porto e também em Viena, na Áustria, “levando músicos e música brasileira para o exterior. Nós estamos dando continuidade ao que já vínhamos fazendo desde 2006”. Essas apresentações serão iniciadas em fevereiro próximo.
No primeiro trimestre de 2023, o projeto lançará o livro Música no Museu 25 Anos – Do Rio de Janeiro para o Mundo. “Porque o projeto já fez concertos em cidades de países em todos os continentes. Já foi à Austrália, à Índia, ao Vietnã, ao Marrocos, se apresentou no Carnegie Hall, em Nova York”, concluiu.