A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano, no entanto, já superava os 6,75%, embora as principais agência internacionais de risco assumam que o recuo tende a ser maior ainda, em torno dos 10%. Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão da semana passada.
Por Redação - de Brasília
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, o economista Adolfo Sachsida afirmou, nesta quarta-feira, que quem fez projeções de queda do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 6,5% para o Brasil terá que rever esse número “com razoável grau de certeza”.
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano, no entanto, já superava os 6,75%, embora as principais agência internacionais de risco assumam que o recuo tende a ser maior ainda, em torno dos 10%.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão da semana passada. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.
Juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 3% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2,25% ao ano, a mesma previsão da semana passada. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa caia para esse patamar (2,25% ao ano) na reunião do Copom deste mês, marcada para os dias 16 e 17 e nas reuniões seguintes ao longo deste ano seja mantida pelo comitê.
Demanda
Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3,38% ao ano. A previsão da semana passada era 3,29%. Para o fim de 2022 e de 2023, as instituições financeiras mantiveram as previsões anteriores para a taxa anual: 5,13% e 6%, respectivamente.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.