O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 3,03%, de acordo com a expectativa média de uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados pelo Banco Central. É a sexta semana seguida que eles reduzem a perspectiva anual do IPCA, índice que serve de parâmetro para a trajetória de metas.
Na semana anterior, a projeção era de 3,23%. Os valores estão bem abaixo do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,50%. A previsão consta do boletim Focus e revela que o IPCA este mês deve ficar em 0,18%, e não mais os 0,23% projetados na semana passada. A previsão de inflação para outubro, também cai de 0,33% para 0,30% na comparação semanal, e a projeção para os próximos 12 meses baixa de 4,29% para 4,13%. Os preços no varejo caem mais ainda na capital paulista, onde o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), aponta inflação de 1,83% este ano. Abaixo, portanto, da previsão de 1,86% na semana passada.
Enquanto os preços livres (de mercado) apontam quedas sucessivas, os preços administrados por contrato, ou monitorados (combustíveis, energia elétrica,telefonia, medicamentos, educação, transporte urbano e outros) também caem, mas em menor intensidade, e é a única projeção de inflação, de 4,40%, que se aproxima do centro da meta. Os dois indicadores de preços pesquisados no mercado atacadista também indicam redução, comparado à pesquisa da semana anterior: o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) cai de 3,46% para3,26% e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) desce de 3,45% para 3,39%.