Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Previsão do BC mantém estáveis todos os itens projetados pelo ‘Focus’

O Banco Central mantém estáveis as projeções de inflação e PIB para 2025, destacando deflação no INPC e a taxa Selic em 15% ao ano.

Segunda, 22 de Setembro de 2025 às 18:51, por: CdB

No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a deflação foi ainda maior, ficando em -0,21%. Desde agosto de 2024, quando o INPC ficou em -0,14%, não se registrava deflação neste índice.

Por Redação, com ABr – de Brasília

Todos os itens projetados pelo ‘Boletim Focus’, do Banco Central (BC), que traz expectativas do mercado financeiro para 2025, apresentaram estabilidade em relação às previsões divulgadas na semana passada. O documento mantém em 4,83% a projeção de inflação para 2025 – índice que é ​definido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Previsão do BC mantém estáveis todos os itens projetados pelo ‘Focus’ | O BC edita, semanalmente, a pesquisa Focus, com mais de 100 economistas das maiores instituições financeiras do país
O BC edita, semanalmente, a pesquisa Focus, com mais de 100 economistas das maiores instituições financeiras do país

Há quatro semanas, a inflação oficial do país foi projetada em 4,86%, percentual que cai para 4,29%, quando projetado para 2026, e para 3,90% para 2027. Em agosto, o país registrou pela primeira vez, desde agosto de 2024, inflação negativa (deflação de -0,11%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Com isso, as projeções do mercado financeiro ficam mais próximas do teto superior (4,5%). 

No caso do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a deflação foi ainda maior, ficando em -0,21%. Desde agosto de 2024, quando o INPC ficou em -0,14%, não se registrava deflação neste índice. O INPC calcula a inflação média do país.

 

Expectativa

A projeção do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas riquezas produzidas no país) é de 2,16% – o mesmo percentual estimado há uma semana.

Há quatro semanas, as expectativas do mercado financeiro eram de que o PIB brasileiro fecharia o ano com um crescimento de 2,18%. Para 2026 e 2027, as expectativas também se mantiveram estáveis, em 1,80% e 1,90%, respectivamente, na comparação com a semana passada.

 

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic. Pela 13ª semana consecutiva, o ‘Boletim Focus’ mantém as projeções deste índice em 15% ao ano, mesmo percentual definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Para os anos subsequentes (2026 e 2027), o índice está projetado em 12,25%; e 10,50%, respectivamente.

O Copom justificou a manutenção da Selic em 15%, pela incerteza do ambiente externo, “em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos”. Segundo o comitê, o cenário exige cautela “por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.

Também é citado o cenário doméstico. Para o Copom, os indicadores de atividade econômica apresentam moderação no crescimento, apesar do dinamismo do mercado de trabalho. A inflação permanece acima da meta.

 

Câmbio

Os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores. Entre eles, estão risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Com relação ao câmbio, o mercado financeiro manteve em R$ 5,50 a projeção da cotação, ao final de 2025. Há quatro semanas, o Focus estimava que a moeda norte-americana fecharia o ano cotada a R$ 5,59% Para 2026 e 2027, as expectativas do mercado são de que o dólar feche o ano com a mesma cotação: R$ 5,60.

Atualmente, a cotação do dólar está em R$ 5,32.

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