Presidente do BC diz que autoridade intervém no dólar sempre que precisar
Ao participar virtualmente de evento promovido pela rede de TV Bloomberg, ele lembrou que, em algum momento no caminho do dólar para o patamar de R$ 6, houve a avaliação interna de que o câmbio estava descolado. O Banco Central (BC) iria intervir mais pesadamente e se preparou para tanto, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5.
Ao participar virtualmente de evento promovido pela rede de TV Bloomberg, ele lembrou que, em algum momento no caminho do dólar para o patamar de R$ 6, houve a avaliação interna de que o câmbio estava descolado. O Banco Central (BC) iria intervir mais pesadamente e se preparou para tanto, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5.
Por Redação, com ACSs e Reuters - de Brasília
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira que a autoridade monetária não trabalha com nível de preço para o câmbio e que poderá intervir “pesadamente” caso ache necessário.
Presidente do Banco Central, Campos Neto também preside o Conselho de Política Monetária (Copom), que regula a taxa de juros oficial do país (Selic)
Ao participar virtualmente de evento promovido pela Bloomberg, ele lembrou que, em algum momento no caminho do dólar para o patamar de R$ 6, houve a avaliação interna de que o câmbio estava descolado. O BC iria intervir mais pesadamente e se preparou para tanto, mas a moeda norte-americana começou a se estabilizar e voltar em direção aos R$ 5.
Segundo Campos Neto, se os mesmos problemas de disfuncionalidade identificados no passado forem novamente vistos, o BC estará pronto para agir “pesadamente”.
Otimista
Sobre a volatilidade cambial, ele reiterou visão já externada de que o BC não dispõe de instrumento válido para lutar contra o movimento. O BC segue estudando os fatores que estão provocando a volatilidade, completou ele, citando a realização de mais contratos pequenos e o uso do real como hedge.
Campos Neto afirmou, ainda, que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deverá ficar por volta de 5% , seguida por um crescimento de 4% em 2021.
Ao participar virtualmente de evento promovido pela Bloomberg, ele também destacou ver pouco ou nenhum espaço para corte da Selic, após o BC ter reduzido a taxa básica de juros em 0,25 ponto em agosto, ao patamar atual de 2% ao ano.
Mercado
Sobre a atividade, Campos Neto disse que a retomada está ocorrendo em V, mas que deve haver desaceleração à frente. Ele afirmou que o desempenho do PIB no terceiro trimestre deverá ser positivo, sendo que a dúvida é quanto à expansão no quarto trimestre, se irá crescer mais ou desacelerar.
O BC, ressaltou ele, tende a achar que os últimos três meses do ano serão melhores do que o previsto pelo mercado.