Macron, que alertou contra os riscos de um conflito regional, também disse que a luta contra o Hamas "precisa ser sem misericórdia, mas não sem regras". Netanyahu não comentou diretamente a proposta de Macron, mas afirmou que a luta é uma batalha entre o "eixo do mal" e "o mundo livre".
Por Redação, com ABr - de Jerusalém/Paris
O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs nesta terça-feira que uma coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria seja ampliada para incluir a luta contra o grupo militante palestino Hamas em Gaza.
Macron não deu detalhes sobre como a coalizão de dezenas de países liderada pelos Estados Unidos, da qual Israel não faz parte, poderia ser envolvida.
Falando ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Jerusalém, Macron enfatizou que França e Israel têm no terrorismo seu "inimigo comum".
– A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Daesh, da qual participamos para operações no Iraque e na Síria, lute também contra o Hamas – disse ele aos repórteres, referindo-se ao Estado Islâmico.
Macron, que alertou contra os riscos de um conflito regional, também disse que a luta contra o Hamas "precisa ser sem misericórdia, mas não sem regras".
Netanyahu não comentou diretamente a proposta de Macron, mas afirmou que a luta é uma batalha entre o "eixo do mal" e "o mundo livre".
– Essa batalha não é apenas nossa... é a batalha de todos – disse ele.
Coalizão
A coalizão liderada pelos EUA que combate o Estado Islâmico foi formada em setembro de 2014.
O que começou como uma grande operação militar que ajudou a "proporcionar a derrota militar do Daesh no Iraque e na Síria", concentra-se agora no aconselhamento e assistência aos parceiros locais, inclusive com reconhecimento e inteligência, para garantir que o Estado Islâmico não recupere terreno perdido, afirma a coligação em seu site. A coalização opera principalmente no Iraque.