Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Presidente da CNC diz que Copom deve continuar no Banco Central

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Quinta, 28 de Abril de 2005 às 15:10, por: CdB

O presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antonio Oliveira Santos, defendeu hoje a manutenção do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) dentro da instituição.

- A meu ver, o Copom é um organismo absolutamente técnico e deve continuar dentro do Banco, como está.

Santos avaliou como extremamente útil, "se encaminhada à nova formatação do Conselho Monetário Nacional (CMN)", a proposta formulada pelo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, de criação de uma comissão de parlamentares para estudar a questão dos juros básicos da economia e propor soluções, com a possibilidade de retirar a competência isolada do Copom de decisão sobre a taxa selic.

Na sua opinião:

- O CMN me parece o lugar adequado para ter assento os representantes do comércio, da indústria, agricultura etc. Agora, o Copom não é para ser discutido politicamente. Ele é o organismo técnico dentro do Banco Central.

Conforme analisou o presidente da CNC, a questão dos juros deve continuar de competência do Copom.

- Em todo lugar do mundo, a fixação dos juros depende do sistema de Banco Central, como temos aqui. É lógico que o Congresso e o próprio CMN poderão ter influência, mas a decisão tem que ser interna, do BC - determinou.

Em relação à trajetória ascendente dos juros, Santos afirmou que:

- Chegou ao limite e agora vai baixar.

Disse que as consequências da alta dos juros não são boas para toda a atividade produtiva, excetuando a atividade financeira.

- Então, esses juros são nocivos, atrapalham a nossa vida. Mas, estamos convivendo com esses juros na medida em que essa situação faz parte de uma busca de equilíbrio no combate à inflação, porque há alguns anos a nossa inflação era alucinante e ninguém podia programar nada nesse país.

Santos argumentou que o governo e a sociedade conseguiram, "a duras penas", trazer a inflação para patamar aceitável "e é preciso mantê-la nessa posição". O presidente da CNC acrescentou que o governo só tem tido o instrumento do juro para controlar a inflação. Ele reafirmou sua convicção de que a taxa selic já chegou ao seu limite e que daqui para a frente a tendência será descendente.

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