Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

Preparativos para Jogos de Tóquio estão em dia, diz COI

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Terça, 23 de Julho de 2019 às 09:13, por: CdB

Cerca de 3,22 milhões de ingressos foram vendidos durante a primeira fase de vendas no Japão no mês passado.

Por Redação, com Reuters - de Tóquio/Rio de Janeiro

Tóquio está muito bem encaminhada para a realização da “compacta” Olimpíada de 2020 que prometeu ao receber o direito de sediar o evento seis anos atrás, disse o chefe da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira.
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Evento no estádio olímpico de Tóquio para marcar contagem regressiva de 1 ano para abertura da Olimpíada
Na quarta-feira faltará um ano para a cerimônia de abertura dos Jogos no Estádio Nacional quase finalizado, e os organizadores acreditam que estão em dia para realizar os Jogos. – Estamos muito satisfeitos que a realização dos Jogos continue bem encaminhada – disse John Coates, que está em Tóquio examinando os preparativos em meio a vários eventos que marcam o intervalo de um ano. – O entusiasmo está crescendo aqui. Vocês viram o interesse inédito na venda de ingressos – disse ele a repórteres. Cerca de 3,22 milhões de ingressos foram vendidos durante a primeira fase de vendas no Japão no mês passado, surpreendendo tanto os organizadores que sua política de vendas teve que ser reformulada. Mais de 200 mil pessoas no Japão e no exterior também se inscreveram como voluntárias nos Jogos, mais um indício da empolgação crescente no país.

Patrocínios

A renda de patrocínios locais superou US$ 3 bilhões mais do que em qualquer outra Olimpíada, o que é necessário, já que os organizadores da Tóquio 2020 estão lutando contra a elevação dos gastos. Cifras orçamentárias divulgadas em dezembro de 2018 apontaram custos totais de US$ 12,6 bilhões muito acima da estimativa original de pouco menos de US$ 7 bilhões. Como todos os locais de competição recém-construídos e reformados estão a caminho de ser finalizados no prazo, os organizadores entram na reta final com poucas dores de cabeça. Mas o quadro nem sempre foi esse. Tsunekazu Takeda renunciou à presidência do Comitê Olímpico Japonês no ano passado após alegações de suposta corrupção em relação à candidatura olímpica, e em 2015 os organizadores tiveram que descartar o logotipo original devido a acusações de plágio.
Também há preocupações sobre quão quente Tóquio pode ser para atletas e espectadores. Uma onda de calor recorde em julho de 2018 matou mais de uma dúzia de pessoas em Tóquio, que teve uma temperatura mensal média de mais de 30 graus Celsius pela primeira vez desde 1998.

Autódromo no Rio

A Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu a contratação da empresa vencedora da licitação para a construção de um autódromo em um terreno cedido pelo Exército em Deodoro, na zona oeste da cidade, que seria erguido, de acordo com autoridades locais e federais, para receber provas da Fórmula 1 a partir de 2021. A decisão da Justiça atende a um pedido feito pelo Ministério Público Federal, que argumenta que a contratação da empresa Rio Motorpark não pode ser feita antes da conclusão de estudos de impacto ambiental. O resultado do certame foi anunciando em maio. – Defiro a tutela requerida em caráter liminar, para determinar que os réus suspendam a contratação objeto da concorrência até que o EIA-RIMA seja apresentado e aprovado pelo órgão ambiental licenciador, e seja expedida licença prévia atestando a viabilidade ambiental do empreendimento no local – disse em sua decisão o juiz substituto da 10ª vara federal do Rio de Janeiro, Adriano de Oliveira França. Em recentes entrevistas, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella (PRB), o governador do Estado, Wilson Witzel (PSC), e o presidente Jair Bolsonaro disseram que havia 99% de chance de o circo da Fórmula 1 se transferir para o Rio de Janeiro, a partir de 2021, depois da construção do novo autódromo.

São Paulo

A cidade de São Paulo tem contrato para receber o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que desde a década de 1990 acontece no autódromo de Interlagos, zona sul da capital paulista, até 2020, e tanto o prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), como o governador do Estado, João Doria (PSDB), já disseram que pretendem prorrogar o acordo que garante o evento em solo paulistano. A ideia das autoridades do Rio era construir um equipamento multiuso para viabilizar o investimento estimado em cerca de R$ 700 milhões . Desde o anúncio da eventual transferência do local das provas, representantes da F1 estiveram em Brasília e em São Paulo para uma série de encontros e reuniões. As autoridades do Rio querem trazer o circo da F1 de volta à capital fluminense, que durante anos sediou as corridas no extinto autódromo de Jacarepaguá. Desde inicio da disputa também surgiram dúvidas sobre a única empresa habilitada para participar do certame carioca, que vão desde a capacidade financeira do grupo até uma eventual participação dessa empresa no capital de uma contratada para fazer o estudo de viabilidade do novo autódromo de Deodoro. A Procuradoria-Geral do Município do Rio de Janeiro disse em nota que ainda não foi intimada da decisão da Justiça e que, quando isso ocorrer, analisará a questão. O governo do Estado do Rio não respondeu a pedidos de comentários.

Justiça

O vencedor do certame, Rio Motorpark, informou que cumprirá todas as determinações da Justiça. “Já está em curso a produção de amplo estudo de impacto ambiental na região e que, uma vez concluído, o mesmo será encaminhado às autoridades competentes, conforme determinam a legislações vigentes”, disse em nota. A empresa lamentou ainda a decisão da Justiça e disse que recebeu com estranheza “uma vez que este pede cumprimento de obrigações que já estavam previstas no edital para serem cumpridas pela empresa antes da celebração do contrato”, complementa a nota.
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