lém do Educador do Ano, eleito pela Academia de Jurados, edição de 2018 da premiação irá homenagear o projeto escolhido pelo público.
Por Redação - do Rio de JaneiroA 21ª edição do Prêmio Educador Nota 10, o maior e mais importante prêmio da Educação Básica brasileira, traz uma novidade. Neste ano, além do Educador do Ano, escolhido pela Academia de Jurados, o público também poderá eleger seu projeto favorito por meio da votação popular #EsseProjetoé10. O Educador do Ano e o Projeto escolhido pelo voto popular foram conhecidos nesta segunda-feira, durante a cerimônia de premiação em São Paulo.
Dois dos concorrentes são do Rio de Janeiro: Ana Paula Mello, da Escola Municipal Levi Carneiro, representante de Niterói (RJ) e José Marcos Couto Jr., da Escola Municipal Áttila Nunes, representante do Rio de Janeiro (RJ). Figurando entre os 10 vencedores da edição 2018, os professores já conquistaram (cada) um prêmio de R$ 15 mil e um vale-presente de R$ 1 mil para a escola onde o seu projeto foi desenvolvido.
A professora de Geografia, Ana Paula Mello, conquistou os jurados com o trabalho O meu lugar. Educação e memória de Niterói. Percebendo que seus alunos, apesar de frequentarem a praia de Itaipu, nunca tinham notado a existência de sambaquis, desenvolveu uma sequência didática para contemplar essa situação geográfica e despertá-los para questões ambientais.
Desenhos, registros de imagens, oficinas de Arqueologia e uma saída de campo ao Museu de Itaipu contribuíram para entender o valor do patrimônio, da paisagem e do lugar. Craque na escuta atenta dos alunos, transformou várias sugestões dadas por eles em atividades, como a montagem de uma horta no pátio da escola, e organizou visitas a outros espaços relevantes do município, como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.
O professor de História, José Marcos Couto Jr, conquistou os jurados com o trabalho As Caravanas: limites da visibilidade. A partir da música As Caravanas, de Chico Buarque, José Marcos deu continuidade a um projeto sobre a inserção do negro na sociedade e a ideia de invisibilidade social.
O trabalho teve dois objetivos: ampliar o mundo dos alunos do 8º e 9º ano, levando-os a conhecer outros territórios e culturas, e contribuir para que desenvolvessem a escrita e a autoestima antes de ingressar no Ensino Médio. Canções de Chico, como Construção, Geni e o Zepelim, Ópera do Malandro, e de outros compositores geraram debates e produções textuais em que os estudantes criaram seguindo a mesma estrutura das letras das músicas estudadas.
Também reescreveram a Lei Áurea imaginando como deveria ser a integração de ex-escravos. Saídas para o teatro e para o Centro Cultural Banco do Brasil levaram os jovens a espaços nunca antes visitados. Para valorizar seus textos de autoria, eles foram reunidos no livro Que sejam lidos, que sejam vistos.
Para votar no projeto, basta acessar o link: https://fvc.org.br/votacao-popular/.
Sobre o Prêmio Educador Nota 10
Criado em 1998, pela Fundação Victor Civita, o Prêmio Educador Nota 10 reconhece professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.
Desde 2014, a iniciativa, uma realização da Fundação Victor Civita, é apresentada pela Abril e Globo, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Ao longo das últimas 20 edições foram premiados 221 educadores, entre professores e gestores escolares, que receberam aproximadamente R$ 2,58 milhões.
Em 2018, foram realizadas mais de 4100 inscrições de todas as regiões e estados do Brasil, em todos os segmentos. A PwC monitora e supervisiona o processo de votação do Prêmio Educador Nota 10. Conheça mais em www.educadornota10.org.br.