Segundo o diário britânico Financial Times, muitas autoridades ligadas a Yanukovych tentaram convencer o atual presidente, Leonid Kuchma, a declarar estado de emergência quando dezenas de milhares de simpatizantes do oposicionista Viktor Yushchenko ocuparam o centro da capital ucraniana.
O vice-diretor do escritório de Kuchma declarou ao Financial Times que o presidente se negou a dar ordens para que as tropas de choque reprimissem os protestos.
Diplomatas disseram ao jornal que Kuchma, que se aproxima do final de seu mandato, não queria deixar o poder com sangue em suas mãos.
Ele também foi convencido a evitar o uso da violência por mediadores internacionais que tentavam encontrar uma solução negociada para a crise.
O diário cita fontes do escritório de Kuchma que afirmam que tropas especiais do Ministério do Interior já estavam armas e preparadas para reprimir os protestos à força a qualquer momento.
Após quase três semanas de protestos da oposição, as duas partes concordaram em disputar uma repetição do segundo turno, que foi anunciada pela Suprema Corte da Ucrânia.
As eleições serão novamente realizadas em 26 de dezembro.