Rio de Janeiro, 25 de Novembro de 2024

Premiê da Líbia sobrevive a tentativa de assassinato, diz fonte 

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Quinta, 10 de Fevereiro de 2022 às 08:47, por: CdB

 

A fonte afirmou que o incidente aconteceu quando Dbeibah estava voltando para casa, e o descreveu como uma clara tentativa de assassinato, acrescentando que os agressores fugiram e o caso foi encaminhado para investigação.

Por Redação, com Reuters - de Beirute

Agressores atingiram o carro do primeiro-ministro líbio, Abdulhamid al-Dbeibah, com balas na manhã desta quinta-feira, mas ele escapou ileso, disse uma fonte do governo próxima a ele, em meio a uma intensa disputa entre facções pelo controle do governo.
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Primeiro-ministro líbio, Abdulhamid al-Dbeibah
A fonte afirmou que o incidente aconteceu quando Dbeibah estava voltando para casa, e o descreveu como uma clara tentativa de assassinato, acrescentando que os agressores fugiram e o caso foi encaminhado para investigação. Imagens veiculadas pela TV regional Al Jazeera mais tarde mostraram o que dizia ser o veículo de Dbeibah, que tinha o que parecia ser uma marca de bala no pára-brisa e duas outras marcas no farol e no chassi. À agência inglesa de notícias Reuters não pôde verificar imediatamente as imagens e não falou com outras testemunhas do incidente. Se confirmada, uma tentativa de assassinar Dbeibah pode agravar a crise pelo controle da Líbia depois que ele disse que ignoraria uma votação agendada pelo Parlamento do leste na quinta-feira para substituí-lo.

Forças Armadas

As Forças Armadas mobilizaram mais combatentes e equipamentos na capital nas últimas semanas, aumentando os temores de que a crise política possa desencadear combates. A Líbia teve pouca paz ou estabilidade desde o levante de 2011 apoiado pela aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra Muammar Gaddafi, e se dividiu em 2014 entre facções em guerra no leste e no oeste. Dbeibah assumiu em março como chefe do Governo Nacional de Unidade (GNU), apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que deveria unificar as instituições divididas do país e supervisionar a corrida às eleições em dezembro como parte de um processo de paz. Facções rivais vêm disputando posições depois que o processo eleitoral desmoronou em meio a disputas sobre as regras, inclusive sobre a legitimidade da própria candidatura de Dbeibah à Presidência depois que ele prometeu não concorrer. O Parlamento, que apoiou principalmente as forças orientais durante a guerra civil, declarou o GNU inválido e realizaria uma votação na quinta-feira para nomear um novo primeiro-ministro para formar outro governo. Dbeibah disse em um discurso nesta semana que só entregaria o poder após uma eleição, e o conselheiro da ONU para a Líbia e os países ocidentais disseram que continuam reconhecendo o GNU.
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