A estimativa foi apresentada nesta terça-feira pelo diretor-presidente da estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), Eduardo Gerk, que apontou ainda que o Tesouro poderia levantar aproximadamente US$ 75,3 bilhões apenas com a venda dessa produção.
Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro
O Brasil deve ter direito, ao longo dos próximos dez anos, a um total acumulado de 1 bilhão de barris de petróleo decorrentes da fatia da União em contratos de partilha da produção assinados para áreas no pré-sal.
A estimativa foi apresentada nesta terça-feira pelo diretor-presidente da estatal Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), Eduardo Gerk, que apontou ainda que o Tesouro poderia levantar aproximadamente US$ 75,3 bilhões apenas com a venda dessa produção.
Os números sobre as perspectivas futuras da PPSA vêm enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito que o governo vai buscar a privatização da empresa. No início do mês, Guedes afirmou que a estatal será incluída em um grupo de companhias a serem desestatizadas até o final de 2021.
Tributos
A PPSA tem a atribuição de promover a venda dos barris atribuídos à União nos contratos de partilha, sendo que hoje a estatal possui 17 contratos sob sua gestão. Mas os cofres públicos devem se beneficiar ainda mais com esses barris, uma vez que eles poderão gerar US$ 204,4 bilhões entre 2021 e 2030 se considerada também a arrecadação com royalties e tributos.
As projeções, que constam de estudo divulgado pela PPSA durante evento online da agência EPBR nesta terça-feira, consideram possível arrecadação de US$ 72,4 bilhões com royalties e US$ 56,7 bilhões em tributos, foram a receita de venda dos barris.
“O estudo demonstra que a produção média diária dos 17 contratos será crescente, com ascensão significativa a partir de 2025. Em 2030, deverá atingir 3,6 milhões de barris por dia”, afirmou a PPSA em nota.
Novos navios
A produção associada aos contratos de partilha, assinados por vencedores de leilões de áreas no polígono do pré-sal, deve representar cerca de dois terços da produção total no Brasil em 2030, projetou a PPSA, com base em dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que veem a oferta total do Brasil em 2030 em 5,26 milhões de barris por dia.
O desenvolvimento da produção nas áreas contratadas demandará investimentos de 122,7 bilhões de dólares entre 2021 e 2030, acrescentou a PPSA, que estimou pico dos aportes em 2028. O estudo da estatal projeta que nesse período será necessária a contratação de 24 navios-plataforma (FPSOs), com perfuração de 387 poços.