Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Prazo para filipino seqüestrado no Iraque chega ao fim

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Segunda, 12 de Julho de 2004 às 06:00, por: CdB

Poucas horas antes de terminar o prazo concedido por rebeldes do Iraque, parentes de um filipino sequestrado no país árabe mostraram-se furiosos com a recusa do governo em se curvar às exigências dos militantes e retirar suas forças do Iraque mais cedo que o previsto.

Informados pelo governo, no último sábado, de que Angelo de la Cruz estava prestes a ser libertado, a alegria experimentada pela família dele transformou-se em tristeza quando os ativistas divulgaram uma nova ameaça de matá-lo.

Segundo os sequestradores, De la Cruz seria assassinado se a liderança filipina não prometesse antes das 19h GMT (17h em Brasília) deste domingo retirar seus 51 soldados do país árabe até o dia 20 de julho. Os militares filipinos participam de missões humanitárias.

A ministra das Relações Exteriores das Filipinas, Delia Albert, disse no domingo não haver planos de alterar a data de retirada dos soldados, dia 20 de agosto, o que levou os parentes e amigos do refém a reagirem com fúria.

A presidente filipina, Gloria Macapagal Arroyo, uma fiel aliada dos EUA, vê-se pressionada internamente para salvar De la Cruz, um dos 8 milhões de filipinos que trabalham fora do país para escapar da pobreza e do desemprego.

"A senhora Arroyo deveria dar uma declaração firme", afirmou Wilma de la Cruz. "Ela deveria salvar a vida de meu tio ao invés de considerar quais benefícios ela pode conseguir ao dar apoio à guerra norte-americana no Iraque."

Três horas antes do prazo final, a mulher de De la Cruz embarcou em um avião rumo à Jordânia, onde, segundo autoridades do governo, deve fazer um apelo aos sequestradores do marido em uma rede de TV.

O país asiático, de maioria católica, uniu-se em manifestações e missas para pedir o salvamento do filipino sequestrado. Clérigos muçulmanos do país também participam dos apelos.

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