Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Powell: forças dos EUA farão "o que for preciso para se proteger"

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Terça, 25 de Maio de 2004 às 16:14, por: CdB

As forças dos EUA no Iraque continuarão sob comando de seu país e farão o que for necessário para se proteger, ainda que contra a opinião das novas autoridades iraquianas, afirmou o secretário de Estado, Colin Powell.

As declarações de Powell foram feitas após o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmar que o governo de transição que controlará o Iraque a partir do 30 de junho terá o "controle definitivo" da força multinacional no país.

"Obviamente, levaremos em conta o que eles disserem, em nível político e militar", disse Powell, quando perguntado se o governo provisório terá direito de veto sobre as operações dessa força.

"No entanto, se a situação obrigar as forças armadas dos EUA a se protegerem ou cumprir sua missão mesmo que não estejam estritamente de acordo com a vontade do governo iraquiano, as forças americanaas vão permanecer sob comando dos EUA e farão o que for preciso para se proteger", garantiu.

As competências do novo governo interino no Iraque e seu controle sobre as tropas estrangeiras no país são um ponto ainda não resolvido no processo para a devolução da soberania ao país.

O exato nível de controle desse governo sobre as tropas estrangeiras será tema de negociação entre Washington e a nova autoridade provisória iraquiana, cuja composição deve ser anunciada pelo enviado da ONU, Lakhdar Brahimi, possivelmente na próxima semana.

Washington prometeu que o governo provisório, que permanecerá no poder até a realização das eleições em janeiro, terá plena soberania, mas também insiste que suas tropas ficarão sob comando americano.

A proposta de resolução sobre o futuro do Iraque apresentada na segunda-feira pelos EUA e o Reino Unido na ONU prevê a criação de uma força multinacional patrocinada por essa entidade internacional, sob comando americano e cuja maior parte será composta pelas tropas da coalizão que já se encontram no Iraque.

Países como a França e a Rússia, que já se opuseram à invasão do Iraque e são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, pediram garantias de que o novo governo terá com copetências efetivas.

Os Estados Unidos mantêm no Iraque 138 mil soldados, um número que, segundo o discurso de ontem do presidente dos EUA, George W. Bush, será mantido "durante o tempo que for necessário".

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