A IA e as falsificações geradas com ela, conhecidas como “deepfakes”, estão sendo cada vez mais usadas em eleições em outras partes do mundo, incluindo Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia.
Por Redação, com Reuters – de Bruxelas
A Microsoft não viu um uso significativo da inteligência artificial nas eleições do Parlamento Europeu para criar campanhas de desinformação, disse o presidente da empresa à agência inglesa de notícias Reuters.
Brad Smith estava em Estocolmo para anunciar o plano da Microsoft de investir 33,7 bilhões de coroas suecas (US$ 3,21 bilhões) para expandir sua infraestrutura de computação em nuvem e inteligência artificial na Suécia em um período de dois anos.
– Temos que reconhecer os riscos que a IA pode representar no contexto da criação de conteúdo abusivo e uma forma de conteúdo abusivo seriam falsificações – disse Smith.
A IA e as falsificações geradas com ela, conhecidas como “deepfakes”, estão sendo cada vez mais usadas em eleições em outras partes do mundo, incluindo Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia.
Na Índia, vídeos de deepfake se tornaram virais com dois dos principais atores de Bollywood da Índia criticando o primeiro-ministro Narendra Modi e pedindo às pessoas que votassem no partido de oposição Congresso nas eleições gerais do país.
No mês passado, a equipe de combate à desinformação da União Europeia desmascarou um vídeo em língua russa no YouTube que dizia que os cidadãos estavam fugindo da ditadura na Polônia, membro da UE, e buscando refúgio em Belarus, um aliado próximo de Moscou.
Parlamento Europeu
A eleição para o Parlamento Europeu será realizada de 6 a 9 de junho, com as regras a do bloco sobre IA entrando em vigor neste mês, estabelecendo uma possível referência global para a tecnologia.
A Microsoft tem treinado candidatos ao Parlamento Europeu para monitorar a situação, disse Smith.
– Não vimos um esforço ativo para tentar explorar essas eleições – afirmou Smith. “Elas ainda não terminaram, portanto, não devemos declarar vitória.”
– Estamos apenas vendo os russos focados nas Olimpíadas – disse Smith, acrescentando que a Microsoft emitirá um relatório sobre o assunto ainda nesta segunda-feira.
O Comitê Olímpico Internacional baniu o comitê olímpico russo em outubro por reconhecer os conselhos olímpicos regionais das regiões da Ucrânia ocupadas por Moscou, Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhia.