“Não é uma mera representatividade, é a efetividade da nossa presença nesses espaços. Falamos em representatividade e acaba remetendo um pouco ao caráter simbólico, que não pode ser só simbólico. Não é representatividade, é efetividade da participação de toda gente brasileira, até porque nós negras e negros somos a maioria do povo”, afirmou Vera Lúcia, nomeada em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministra substituta, no TSE.
Por Redação, com BdF – de Brasília
Ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo afirma que ocupar o cargo não se trata de simplesmente de representatividade mas, sim, da efetividade da participação da população negra do Brasil em espaços de poder.
— Não é uma mera representatividade, é a efetividade da nossa presença nesses espaços. Falamos em representatividade e acaba remetendo um pouco ao caráter simbólico, que não pode ser só simbólico. Não é representatividade, é efetividade da participação de toda gente brasileira, até porque nós negras e negros somos a maioria do povo — afirmou Vera Lúcia, nomeada em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ministra substituta.
A fala da ministra ao site de notícias Brasil de Fato (BdF) ocorreu logo após a aula magna do programa Esperança Garcia, curso preparatório para carreiras da advocacia pública direcionado às pessoas negras, realizado noite passada no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Militância
Na ocasião, Vera Lúcia Araújo também pontuou que é a militância e o movimento negro que podem auxiliar na mudança de um cenário jurídico, espaço ainda majoritariamente branco.
— Não é só a polícia que nos mata na rua, os órgãos de controle igualmente operam com um rigor que não é aplicado a gestores brancos — observou Vera Araújo.
A ministra é a segunda mulher negra a integrar a Corte Eleitoral brasileira. Para ela, é fundamental a mobilização social para implementar e garantir a efetividade dos direitos e políticas públicas voltados à população negra.
— A insurgência é um fazer ativo, proativo, provocador e reivindicatório — concluiu.