O incidente ocorreu no último domingo, quando uma bomba explodiu sob um trem mercantil no ramal entre Varsóvia, capital polonesa, e Lublin, que se conecta a uma linha que vai até a Ucrânia.
Por Redação, com ANSA – de Varsóvia
A polícia da Polônia identificou dois ucranianos suspeitos de realizar um ato de sabotagem contra uma linha ferroviária no país a mando dos serviços secretos da Rússia.
O incidente ocorreu no último domingo, quando uma bomba explodiu sob um trem mercantil no ramal entre Varsóvia, capital polonesa, e Lublin, que se conecta a uma linha que vai até a Ucrânia.
Segundo o premiê da Polônia, Donald Tusk, os dois suspeitos entraram recentemente no país a partir de Belarus, e um deles já havia sido condenado por sabotagem por um tribunal da cidade ucraniana de Lviv.
A dupla “tem operado e cooperado com os serviços russos há bastante tempo”, reforçou Tusk em discurso no Parlamento nesta terça-feira. As identidades de ambos não serão divulgadas enquanto as investigações estiverem em andamento, de acordo com o premiê.
O primeiro-ministro explicou que o ataque foi realizado com um explosivo do tipo C-4, conectado a um cabo de 300 metros de comprimento. O trem atingido sofreu danos leves, porém os trilhos da linha tiveram avarias graves.
“Sabotagem sem precedentes”
Esse ramal é bastante usado para transportar ajuda militar e humanitária para a Ucrânia, que há quase quatro anos é alvo de uma invasão generalizada por parte da Rússia. A Polônia trata o caso como uma “sabotagem sem precedentes” contra a “segurança” do país e seus cidadãos.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, Varsóvia, que é integrante da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), alega ter sido alvo de diversas tentativas de sabotagem supostamente orquestradas pela Rússia.
