Agente Kim Potter disparou contra o jovem afro-americano Daunte Wright durante controle de trânsito num subúrbio de Mineápolis. Polícia afirma que ela confundiu arma com eletrochoque e não teve a intenção de matar.
Por Redação, com DW - de Washington
A policial que matou o jovem afro-americano Daunte Wright durante um controle de trânsito num subúrbio de Mineápolis foi detida na quarta-feira, depois de um promotor acusá-la de homicídio culposo em segundo grau.
A policial, identificada como Kim Potter, demitiu-se na terça-feira da polícia de Minnesota, onde trabalhava havia 26 anos, junto com o chefe dela, Tim Gannon.
O promotor disse que Potter, de 48 anos, foi levada para uma cadeia. Ela foi mais tarde liberada depois de pagar fiança e aguarda para ser apresentada a um tribunal.
Pela legislação de Minnesota, homicídio culposo em segundo grau é aplicado em casos em que o acusado age de forma negligente, criando conscientemente um risco desproporcional de matar outra pessoa. A pena máxima é de 10 anos de cadeia.
Gannon declarou que o disparo que matou Wright foi acidental e que Potter confundiu a sua arma de serviço com um taser, uma arma não letal que provoca uma forte descarga elétrica.
A acusação
A acusação de homicídio culposo em segundo grau indica que os promotores acataram a versão apresentada pela polícia, de que Potter não teve a intenção de matar Wright.
A morte de Wright motivou três noites seguidas de protestos contra a violência policial na pequena cidade de Brooklyn Center, nos arredores de Mineápolis, resultando em confrontos violentos entre os manifestantes e policiais.
O clima na região já é tenso por causa do julgamento, também em Mineápolis, do assassinato de Derek Chauvin, policial acusado de assassinar George Floyd, a poucos quilômetros de onde Wright foi morto.