A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Defraudações, o Ministério Público do Estado do Rio e o Tribunal de Contas do Estado deflagraram, nesta quarta-feira, a Operação Águas Claras.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Defraudações, o Ministério Público do Estado do Rio e o Tribunal de Contas do Estado deflagraram, nesta quarta-feira, a Operação Águas Claras, para cumprir 14 mandados de busca e apreensão contra empresários e funcionários de uma empresa de engenharia, agentes e ex-diretores da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). As denúncias indicam que todos estão envolvidos em fraudes em licitações nos anos de 2017 e 2018.
De acordo com a Sepol, as investigações indicaram que o grupo criminoso praticava dispensa de licitações e superfaturamento na aquisição de produtos. Com isso, conforme as apurações, o grupo chegou a movimentar R$ 63 milhões com as fraudes.
A secretaria informou ainda que foi possível identificar também que os fraudadores efetuavam pagamento de propina para funcionários e ex-diretores da Cedae, além de prefeituras do interior do estado.
Empresários e ex-diretores
Empresários e ex-diretores foram monitorados durante as investigações, que apontaram indícios da participação deles nas fraudes. “O esquema consistia no uso de informações privilegiadas passadas por funcionários. Eles acessavam o sistema, por meio de senha, e passavam aos empresários o andamento de processos de dispensa de licitação”, disse a Sepol em nota.
Depois do levantamento, os empresários procuravam os ex-diretores da Cedae, e após pagamento de propina recebiam as vantagens indevidas. “Os pagamentos eram realizados em dinheiro, uso de cartão corporativo ou mesmo aluguel de carro”, completou a secretaria.
Cedae
A Cedae informou à Agência Brasil que “está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.