A Força-Tarefa criada pela Polícia Civil para combater a milícia realizou, nesta sexta-feira, uma operação contra o braço financeiro da organização criminosa. A ação ocorre em localidades da Zona Oeste, como Rio das Pedras, Muzema, Curicica, Catiri, Carobinha e Santa Cruz, além do município de Seropédica, na Baixada Fluminense. Até o momento, 13 pessoas foram presas.
Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro
A Força-Tarefa criada pela Polícia Civil para combater a milícia realizou, nesta sexta-feira, uma operação contra o braço financeiro da organização criminosa. A ação ocorre em localidades da Zona Oeste, como Rio das Pedras, Muzema, Curicica, Catiri, Carobinha e Santa Cruz, além do município de Seropédica, na Baixada Fluminense. Até o momento, 13 pessoas foram presas.
Participaram da operação agentes de diversas delegacias. O objetivo é prender milicianos, asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram grande lucro e são explorados pela organização criminosa.
Entre os presos, destacam-se duas lideranças da milícia do Catiri, em Bangu, capturados por policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). Entre as apreensões, estão duas pistolas, com munições e carregadores, celulares, um veículo clonado.
Esse grupo também teria controle das atividades criminosas na Zona Norte do Rio, mais especificamente em Del Castilho e Engenho de Dentro, nas comunidades Águia de Ouro, do Guarda, Fernão Cardim, Belém-Belém e algumas comunidades vizinhas.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também participa da ação. Agentes estiveram em Seropédica, onde flagraram crimes de poluição e degradação ambiental nos areais Irmãos Unidos, Sol Nascente e Santobaia. Os gestores foram presos em flagrante.
Os crimes investigados
Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet; armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.
A ação desta sexta-feira é oriunda de investigações e trabalho de inteligência das unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), por meio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Delegacia do Consumidor (DECON), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-POLINTER), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Delegacia Fazendária (DELFAZ), Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), DRACO, DESARME e DPMA, com apoio de informações do Disque-Denúncia.
Prisão
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam em flagrante, nesta sexta-feira um homem acusado de pertencer à milícia que atua na comunidade Carobinha, em Campo Grande.
Ele foi capturado no momento em que recolhia taxas de segurança de um pequeno comerciante da região. Com ele foi apreendida a quantia de R$ 2,125 mil. O preso foi encaminhado para o sistema penitenciário onde ficará à disposição da justiça.
Foragido
Policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) prenderam, na quinta-feira, um homem acusado de homicídio. Contra ele, havia um mandado de prisão expedido pelo 2° Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, na Paraíba.
De acordo com os agentes, as investigações foram iniciadas após uma vitima, que mantinha um relacionamento extraconjugal com o autor por dois anos, comunicar na delegacia que ele divulgou uma cena de sexo entre eles na internet. Ele, que é tatuador conhecido na Baixada Fluminense, não aceitava o fim do relacionamento e ameaçava a vítima constantemente de publicar o referido vídeo.
Ainda de acordo com os agentes, as buscas do paradeiro do autor foram iniciadas em março deste ano, após a Justiça decretar as medidas protetivas contra ele. O criminoso era difícil de ser encontrado pois trocava de endereço e telefone constantemente. Após capturado, ele foi encaminhado para os sistema prisional e ficará à disposição da Justiça.