Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia quer filhos de executivo na reconstituição

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Segunda, 08 de Dezembro de 2003 às 08:51, por: CdB

Deverá ser realizada nesta quarta-feira a reconstituição do assassinato do executivo da Shell Todd Staheli, 39, e de sua mulher, Michelle, 36. A polícia quer que os filhos mais velhos do casal  - uma menina de 13 anos e um garoto de 10 anos - participem da encenação. No entanto, a presença dos filhos não é aceita pelo advogado da família.

Staheli e sua mulher foram golpeados por uma machadinha ou por uma tesoura de jardineiro, segundo a polícia, no último dia 30, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O executivo morreu no mesmo dia e Michelle, quatro dias depois, no hospital. O casal, norte-americano, deixou quatro filhos.

"É fundamental, para o esclarecimento desse episódio, que seja feita a reconstituição com as únicas pessoas que havia dentro da casa além das vítimas, que são seus filhos. Não é para transtorná-los, não é para criar em nenhum deles nenhum tipo de trauma, mas apenas para esclarecer os fatos", afirmou o secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho.

O secretário disse também que a perícia fará nesta semana contraprovas dos exames técnicos já realizados na casa do executivo, na machadinha e em outros objetos cortantes encontrados no local. Os primeiros exames realizados com a substância luminol não detectaram vestígios de sangue.

"Pode ser que tenha sido utilizado algum tipo de detergente, algum tipo de material que iniba a reação do luminol. O aconselhável é fazer um novo teste", disse. A contraprova da machadinha, que será inclusive desmontada, será realizada nesta segunda-feira.

Motorista

O advogado Márcio Feijó, que representa o motorista da família Staheli, Sebastião Moura, disse que seu cliente tinha as chaves da porta e do portão da casa dos Staheli. Segundo Feijó, as chaves foram entregues à polícia.

Depois do crime, a filha mais velha dos Staheli ligou para um casal amigo da família, os Turner, que avisaram o motorista. Moura, como os Turner e os Staheli, é mórmon da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Feijó disse que Moura, depois de chegar à casa, foi até uma clínica pedir uma ambulância, mas eles não tinham. Parou um carro da polícia, mas os policiais disseram que não poderiam socorrer, pois não poderiam abandonar seu posto.

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