De acordo com a PCDF, a quadrilha buscava o cartão da vítima em casa, além de afirmar que o celular também precisava passar por uma perícia. Eles usavam dados da dark web para contatas as pessoas.
Por Redação, com Byte – de Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou uma operação na última quarta-feira e prendeu oito pessoas responsáveis pelo golpe da falsa central de banco. Os prejuízos somaram R$ 107 mil, com saques, transferências e empréstimos.
De acordo com a PCDF, a quadrilha buscava o cartão da vítima em casa, além de afirmar que o celular também precisava passar por uma perícia. Eles usavam dados da dark web para contatas as pessoas.
Além das prisões, houve quatro mandados de busca e apreensão, assim como 10 bloqueios de contas bancárias.
As prisões ocorreram em Ceilândia e Planaltina, no Distrito Federal, e em Nova Gama, Goiás. O líder da quadrilha, Wallyson Rodrigues de Oliveira, foi detido em um hotel em Valparaíso, Goiás.
O delegado Erick Sallum afirmou, em nota à imprensa, que os criminosos operavam uma central de banco falsa, e que suas vítimas eram majoritariamente idosas com maior poder aquisitivo.
O delegado da PCDF também disse que essas informações foram adquiridas por meio da dark web, em planilhas com dados de milhões de pessoas. Nelas, estavam dados bancários, números de telefone e e endereços, entre outros.
– As novas tecnologias alteraram a sociedade para sempre. Jamais retornaremos ao tempo de sossego e possibilidade de desatenção com a segurança cibernética. A polícia faz seu papel repressivo, mas a população deve redobrar os cuidados com seus relacionamentos e ações nos ambientes digitais – alerta Sallum.
Como funciona o golpe
O grupo contatava as vítimas, dizendo que o banco tinha detectado operações bancárias fraudulentas. Em seguida, eles solicitavam que elas entregassem o cartão e o celular para uma perícia, para investigar a origem das transações. Assim, um motoboy ia à casa da vítima.
Com tudo em mãos, os criminosos faziam diversas operações bancárias. Segundo a polícia, uma das vítimas do Lago Norte, em Brasília, perdeu R$ 107 mil.
Os saques e transferências eram feitos em caixas eletrônicos próximos à localização dos golpistas, além de terem transferido dinheiro rapidamente para contas de laranjas, na tentativa de dificultar a investigação.
Em casos como esse, os bancos não devolvem os valores às vítimas, uma vez que elas foram coagidas a entregar os cartões voluntariamente.