Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Polícia faz operação contra desvio de dinheiro no setor de energia elétrica

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Quinta, 11 de Abril de 2019 às 09:03, por: CdB

Esta é a quarta fase da Operação Descarte, realizada há pouco mais de um ano, que prendeu suspeitos e recolheu provas sobre um esquema de lavagem de dinheiro usando empresas de fachada.

Por Redação, com ABr - de São Paulo

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a operação “E o vento levou” para apurar desvio de dinheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), concessionária de energia elétrica. Nesta manhã, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas envolvidas.
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PF faz operação contra desvio de dinheiro no setor de energia elétrica
São 10 mandados na cidade de São Paulo (SP), um em Taubaté (SP), dois em Mogi das Cruzes (SP), dois no Rio de Janeiro (RJ), nove em Belo Horizonte (MG) e dois em Nova Lima (MG). Esta é a quarta fase da Operação Descarte, realizada há pouco mais de um ano, que prendeu suspeitos e recolheu provas sobre um esquema de lavagem de dinheiro usando empresas de fachada. O trabalho da PF é feito em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, a partir de mandados expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. A polícia apura o aporte de R$ 850 milhões na empresa Renova Energia e posterior repasse de parte desse valor, por superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos e transferência a várias empresas. O dinheiro era convertido em espécie e distribuído às pessoas. Além de executivos e acionistas da Cemig, Renova Energia e Casa dos Ventos, são investigados suspeitos ligados à empresa Andrade Gutierrez, além de operadores financeiros. Os acusados podem responder por associação criminosa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Esquema criminoso que superfaturava pedágios

Um esquema criminoso que superfaturava tarifas de pedágio nas rodovias federais nos estados da Bahia, de Goiás e do Espírito é alvo da Operação Infinita Highway, deflagrada nesta quinta-feira, pela Polícia Federal (PF), com o apoio do Tribunal de Contas da União. De acordo com a PF, as concessionárias investigadas contratavam a emissão de laudos fraudulentos atestando a qualidade das rodovias e, com isso, evitavam a “aplicação de multas e outras penalidades pela Agência Nacional de Transporte Terrestre - ANTT, responsável pela fiscalização da prestação do serviço”. Os policiais identificaram também que "com a anuência da ANTT", uma das empresas aumentou fraudulentamente o “valor cobrado a título de pedágio, sob a falsa alegação de elevação dos custos de manutenção de rodovias, baseando-se, para isso, em orçamentos fictícios, emitidos por empresas que não existiam”. Os federais cumprem desde as primeiras horas da manhã de hoje 16 mandados judiciais de busca e apreensão em órgãos públicos, entre eles a ANTT, e em empresas e residências dos investigados, na Bahia, em Goiás, no Espírito Santo e no Distrito Federal. De acordo com a PF, os mandados “têm por objetivo localizar e apreender provas complementares dos crimes praticados”.

Nota da ANTT

A ANTT divulgou nota, por meio da assessoria de imprensa, na qual enfatiza que a "Agência realiza seus trabalhos e toma suas decisões respaldadas em estudos e pareceres técnicos de seus servidores e procuradores jurídicos, dentro da legalidade e lisura, respeitando todos os princípios éticos da administração pública, e em permanente contato com os órgãos de controle". A Agência diz ainda que "se coloca à disposição das autoridades para os esclarecimentos que se fizerem necessários".
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