Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia Federal combate tráfico de animais silvestres no Rio de Janeiro

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Terça, 12 de Março de 2024 às 11:56, por: CdB

Segundo a polícia, o grupo era chefiado por um bombeiro militar e tinha apoio de servidores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar. Uma estudante de graduação e dois veterinários também participavam do esquema.


Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro


A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira ação contra um grupo criminoso que capturava e vendia ilegalmente animais silvestres, entre eles espécies ameaçadas de extinção. Três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão, expedidos pela Segundo Vara Federal de Niterói, estão sendo cumpridos pela operação Defaunação no Rio, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, no Grande Rio.




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Grupo criminoso tinha participação de servidores públicos

Segundo a polícia, o grupo era chefiado por um bombeiro militar e tinha apoio de servidores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar. Uma estudante de graduação e dois veterinários também participavam do esquema.


As investigações mostraram que o grupo atuava de forma permanente capturando animais silvestres com apoio de caçadores, mantendo-os aprisionados com ajuda de receptadores. Os animais depois eram vendidos através das redes sociais por valores entre R$ 20 mil e R$ 120 mil.



Fraude


Os animais eram cadastrados de forma fraudulenta no Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (Sisfauna) e no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass), geridos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Os valores de venda dependiam da espécie e de os animais virem ou não acompanhados de documentos fraudulentos. As investigações mostraram que o grupo movimentou pelo menos R$ 2,4 milhões, mas acredita-se que o esquema criminoso tenha gerado mais de R$ 14 milhões aos envolvidos.


Entre as espécies comercializadas ilegalmente pelo grupo estão araras, papagaios, cervos, iguanas, pássaros e macacos. Um dos animais traficados, por exemplo, o macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), é classificado como ameaçadoa de extinção.


A ação conta com o apoio das corregedorias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.




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