Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Polícia espanhola desarticula operação de lavagem de dinheiro

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Sábado, 12 de Março de 2005 às 17:30, por: CdB

A polícia espanhola desmantelou uma operação de lavagem de dinheiro estimada em 250 milhões de euros (336 milhões de dólares), que pode ter ligações com a problemática petrolífera russa Yukos, disse o Ministério do Interior, neste sábado.

Policiais prenderam 41 pessoas na Costa del Sol, e autoridades judiciais russas e espanholas estão agora cooperando no caso, disse o ministério em um comunicado.

Cidadãos de Espanha, França, Finlândia, Rússia e Ucrânia foram presos na operação, que levou à apreensão de muitos artigos de luxo e 42 automóveis.
A investigação começou em setembro de 2003, mas o comunicado não especificou se a polícia suspeitava do envolvimento da direção da Yukos ou de indivíduos ligados à empresa.

- Nós pudemos determinar uma possível destinação de uma quantia substancial de dinheiro originário de operações ilegais da companhia de petróleo russa Yukos, que, parece, foi desviado para uma companhia holandesa e reinvestido em uma unidade espanhola. - disse o comunicado.

Em Moscou, a agência de notícias Interfax disse que um porta-voz da Yukos negou que a empresa estivesse envolvida na operação de lavagem de dinheiro.

- Marte é provavelmente o único lugar em que ainda não foi investigada a nossa participação em lavagem de dinheiro. - disse o porta-voz Alexander Shadrin a um programa de rádio.

Autoridades russas levaram a Yukos à bancarrota ao exigir 28 bilhões de dólares em impostos devidos e processaram seu proprietário, Mikhail Khodorkovsky, por fraude e evasão de impostos.

O processo movido pelo Kremlin à Yukos e seus maiores acionistas, muitos dos quais estão no exílio, é visto por muitos como uma retaliação às ambições políticas de Khodorkovsky, antes tido como o homem mais rico do país com uma fortuna de 15 bilhões de dólares.

O Ministério do Interior da Espanha disse que a polícia encontrou uma conexão entre um grupo de advogados operando na região de Marbella e outros grupos de crime organizado, envolvidos em uma série de atividades como homicídio, tráfico de drogas, armas ilegais e prostituição.

A Costa del Sol, onde fica a cidade de Málaga, tem uma longa história de atividade criminal.

O Ministério do Interior afirma que os criminosos foram atraídos pela extensa e sofisticada metodologia de lavagem de dinheiro na região, que oferecia "praticamente um serviço de entrega em casa."

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