O esquema funcionava a partir da compra e venda sucessivas de imóveis, com avaliações variadas. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos adulteravam as escrituras públicas e os registros de imóveis, tomando a propriedade para eles.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
Policiais civis e representantes do Ministério Público cumpriram nesta quinta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de pertencerem a uma organização criminosa que atua em cartórios de notas e de registros de imóveis do Grande Rio. A ação é um desdobramento da Operação Lázaro, desencadeada em dezembro de 2017. O esquema funcionava a partir da compra e venda sucessivas de imóveis, com avaliações variadas. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos adulteravam as escrituras públicas e os registros de imóveis, tomando a propriedade para eles. Os imóveis que tinham as escrituras e os registros falsificados eram vendidos para terceiros por um valor muito abaixo do mercado e revendidos com valor superior à transação antecedente. As investigações começaram depois de uma falsa denúncia de posse de um terreno localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando uma suposta vítima apresentou documentos falsificados. Depois de uma perícia e investigação, a polícia descobriu um esquema de fraude envolvendo tabeliães e funcionários dos cartórios do 10º Ofício de notas e 2º Registro Geral de Imóveis de Nova Iguaçu. Foram encontradas várias escrituras, registros e certidões falsos em cartórios na Baixada Fluminense. A fraude envolvia ainda grileiros, agentes imobiliários e políticos locais, de acordo com a Polícia Civil. Os suspeitos vão responder pelos crimes de denunciação caluniosa, lavagem de dinheiro, estelionato, peculato, corrupção passiva e associação criminosa.