Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

PIB indica crescimento da economia em patamar acima dos 3%

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Sexta, 01 de Setembro de 2023 às 19:40, por: CdB

Quando comparado com o mesmo trimestre de 2022, o PIB teve um crescimento de 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, a expansão registrada foi de 3,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.


Por Redação - do Rio de Janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 na comparação trimestral, com um valor corrente registrado de R$ 2,651 trilhões no período. Os dados foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

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O PIB reúne toda a riqueza produzida pelo país em determinado tempo


Quando comparado com o mesmo trimestre de 2022, o PIB teve um crescimento de 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, a expansão registrada foi de 3,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O maior crescimento foi da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%. No primeiro trimestre deste ano, a agropecuária tinha sido o destaque, e o PIB cresceu 1,8%.

 

Ponto alto


O resultado veio 0,6 ponto, acima das estimativas da Bloomberg, que previa uma aceleração para 0,3% sobre o trimestre anterior. De acordo com o IBGE, a atividade econômica do país opera 7,4% acima do patamar pré-pandemia, referente ao quarto trimestre de 2019, e atinge o ponto mais alto da série.

“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE em nota publicada pelo instituto, Rebeca Palis.

A expansão com destaque do segundo trimestre é relacionada aos resultados positivos das indústrias extrativas (1,8%) da construção (0,7%), da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,4%) e das indústrias de transformação (0,3%).

 

Atividade


Ainda nesta tarde, após a divulgação dos novos números, o banco norte-americano Goldman Sachs atualizou sua previsão para o crescimento do PIB para 2023, elevando-a de 2,7% para 3,25%, após a divulgação de um aumento de 0,9% na atividade econômica no segundo trimestre em comparação com o primeiro.

Diretor de pesquisa econômica para América Latina do banco, Alberto Ramos afirma em relatório que "o crescimento durante o segundo trimestre foi impulsionado pelo consumo (privado e público) e pelo acúmulo de estoques" e diz ainda que, com o resultado, a "herança estatística" para o ano passou de 2,4% para 3,1%. Segundo ele, é esperado que a atividade econômica se beneficie de estímulos fiscais e parafiscais, do aumento real da massa salarial e da redução da inflação nos preços dos alimentos

 

Agropecuária


Dos três grandes setores da economia, a agropecuária foi o único a recuar no trimestre (-0,9%). A retração se deve, principalmente, à base de comparação elevada, já que o setor tinha sido o grande motor do PIB nos três primeiros meses do ano.

“Se olhamos o indicador interanual, vemos que a agropecuária é a atividade que mais cresce. O resultado é menor porque é comparado ao trimestre anterior, que teve um aumento expressivo. Isso aconteceu porque 60% da produção da soja é concentrada no primeiro trimestre”, analisa Rebeca.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. É a maior alta desde o mesmo período do ano passado.

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